Mistura entre juventude e experiência marca caminho dinamarquês até à Copa
A Dinamarca está novamente na Copa do Mundo depois de oito anos fora. Essa é a quinta vez que a equipe escandinava aparece no evento: as outras foram em 1986, 1998, 2002 e 2010. A seleção se classificou após disputar as vagas no playoffs das Eliminatórias Europeias, contra a Irlanda. O resultado terminou em 5 a 1 no agregado para os dinamarqueses.
A Dinamarca busca retomar a qualidade que lhe conferiu tradição entre os torneios de Seleção. Os dinamarqueses começaram a ser competitivos no início dos anos 80, contando com o auge dos irmãos Laudrup que encabeçaram uma geração importante para o futebol no país. Sob o comando deles, a equipe chegou a Copa de 86 e caiu nas oitavas-de-final. Após brigas, Michael e Brian deixaram a seleção e Peter Schmeichel se tornou o líder de um grupo que seria campeão da Euro 92 e da Copa das Confederações em 95.
A equipe é liderada pelo técnico Age Hareide, o norueguês de 64 anos chegou na equipe no final de 2015, após Marten Olsen, que não havia conseguido se classificar para a Copa do Mundo de 2014, também perder a vaga para a Eurocopa de 2016. É a primeira experiência de Age com uma seleção, mas pode-se dizer que até o momento está sendo um sucesso.
A melhor campanha aconteceu em 98 quando, nas quartas de final, perdeu para o Brasil. Aquela seleção contava com Peter Schmeichel, Martin Jorgensen, Michael e Brian Laudrup, esses últimos já no final de suas carreiras e de volta à Seleção.
Assim como aquela seleção, os dinamarqueses contam com a mistura entre juventude e experiência. Kasper Dolberg (Ajax/HOL), Pione Sisto (Celta/ESP), Yussuf Poulsen (RB Leipzig/ALE) e Andreas Christensen (Chelsea/ING) marcam a nova geração e a chegada da seleção. À essa juventude, somam-se os mais experientes que estão nos melhores momentos da sua carreira, como Christian Eriksen (Tottenham/ING), Simon Kjaer (Sevilla/ESP), Kasper Schmeichel (Leicester/ING), Thomas Delaney (Werder Bremen/ALE).
Eriksen é o principal nome do selecionado e demonstrou isso durante a campanha nas qualificatórias. Foi o artilheiro da Dinamarca com oito gols em dez partidas. A qualidade do jogador é evidente, tanto que é colocado pela imprensa espanhola como o sucessor de Iniesta no meio campo blaugrana.
A Dinamarca vem preparada para a Copa e está no grupo C, com França, Austrália e Peru. A aposta em somar nomes jovens e talentosos a jogadores mais experientes vem dando resultado e a seleção nórdica pode ser considerada favorita para a segunda colocação do grupo. Até o momento, o Hareide está trabalhando na lista com 35 nomes, tendo até o dia 4 de junho para divulgar os 23 selecionados da De Rød-Hvide para a Copa do Mundo.
