Suíça frustra ações ofensivas do Brasil e empata por 1 a 1

Gabriel Gomide
Sem Mundial
Published in
4 min readJun 18, 2018

Em jogo de estreia, Suíça faz um bom jogo e sai com resultado que empolga para a sequência do andamento do grupo. O time frustrou o Brasil com sua defesa sólida e aproveitou a bola parada para sair com o resultado que pode ser considerado positivo.

Steven Zuber aproveitou a chance na bola parada e marcou pra Suíça (Reprodução/The Independent)

Como era previsto, a equipe suíça começou o jogo com duas linhas de quatro para conter as forças ofensivas brasileiras. Na parte ofensiva, os vermelhos se apoiaram em possíveis contra-ataques para conseguir chegar a meta de Alisson.

O jogo começou com os times se estudando muito, mas logo aos dois minutos a Suíça já havia tido, provavelmente, a sua chance mais clara de gol. Seferovic recebeu cruzamento da esquerda, entre os dois zagueiros, mas desperdiçou jogando a bola acima da meta de Alisson.

A Suíça ao longo da partida se portou muito bem defensivamente. Behrami, ao lado de Xhaka e Lichtsteiner foram os principais responsáveis por dificultar a vida dos brasileiros. Os três, conseguiram minimizar as ações do Brasil pelo lado esquerdo, onde Coutinho, Neymar e Marcelo tentavam triangulações para chegar ao terço ofensivo.

O que não foi possível conter foi o chute de Philipe Coutinho de média distância, que aproveitou uma rebatida da zaga suíça para fazer um belo gol, aos 20 minutos. Esse foi o único dos quatro chutes que acertou a meta do goleiro Sommer, no primeiro tempo, que, por sinal, não fez nenhuma defesa difícil, pois não foi exigido em quase nenhum momento.

Na parte ofensiva, a Suíça tentou explorar as laterais brasileiras, conhecidas por darem certos espaços aos adversários. Porém, a Suíça praticamente só atacou pelo lado esquerdo com o Rodriguez e Zuber. Shaqiri, ironicamente, foi o destaque na parte ofensiva, mesmo jogando no lado direito do campo, que foi menos acionado pelo time de vermelho.

Se Sommer não levou sustos, o mesmo ocorreu com Alisson, que também não teve de fazer nenhuma defesa difícil. Como dito nos textos anteriores, a Suíça tem uma certa dificuldade para criar suas chances e, não a toa, Seferovic foi, provavelmente, o pior jogador em campo. Isso muito em função de não ter sido alimentado com passes.

Outro jogador que passou despercebido foi o Dzemaili, que jogou como meia criador pelo centro do campo, mas não se destacou nesta parte do jogo. O gol Suíço saiu no início do segundo tempo, aos cinco minutos, em uma cabeçada de Zuber, após escanteio cobrado por Shaqiri. Detalhe curioso é que o ponta esquerda subiu sozinho na pequena área, cercado por vários brasileiros.

A partir deste gol, o Brasil se tornou cada vez mais ofensivo, explorando o lado esquerdo, com ações coordenadas por Neymar. Behrami, que fazia a proteção deste setor foi substituído aos 25 minutos do segundo tempo por Zakaria, por já ter um cartão amarelo. Inclusive, o volante foi um dos melhores em campo com seis desarmes e duas interceptações.

Behrami marcou de perto o camisa dez brasileiro (Getty Images)

A cada minutos que se passava o jogo ficava cada vez mais claro que a Suíça estava satisfeita com o resultado e o Brasil tentava de todos os modos o segundo gol. A Suíça foi baixando suas linhas defensivas, ao passo que Tite mandava seus comandados subirem mais, fazendo da partida um “ataque contra defesa”.

Se a parte ofensiva da Suíça não estava bem, depois dos 30 minutos do segundo tempo, foi praticamente inexistente, o time não conseguia fazer a bola prosseguir até o ataque e resolveram adotar uma postura de ligamentos diretos para isso. Para se adaptar a este tipo de jogo, Vladimir Petkovic colocou Embolo no lugar de Seferovic, para explorar os contra-ataques. Mas a substituição não surtiu muito efeito, perpetuando a dificuldade ofensiva da equipe.

O êxito ofensivo não veio, mas a famosa eficiência defensiva da seleção Suíça foi mostrada. O time anulou o lado esquerdo do campo, e à medida que o tempo foi passando, o time forçou os brasileiros a explorarem somente as laterais e a abusar do cruzamentos, que eram facilmente cortados pelos defensores centrais, Schar e Arkanji.

Colocando em perspectiva, o resultado e a performance Suíça foram bem sucedidas. O time conseguiu efetuar a missão de parar uma das seleções mais fortes da Copa e somou um ponto que dificilmente será somado pelos outros concorrentes do grupo.

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