Carioca será excluído do calendário
Tenho certeza que essa seria a manchete dos sonhos para muitos torcedores após a final da Taça Guanabara entre Vasco e Fluminense, no último domingo (17). Pelo menos da maneira que é disputado hoje, o Campeonato Carioca já poderia ter acabado. Mas não acabou! Até sua fórmula mais tradicional, que sempre funcionou — dois turnos com finais e finalíssima -, foi destruída. O Botafogo foi campeão em 2018 sem vencer nenhum dos dois turnos, apenas ganhando uma terceira final. Há algum sentido nisso?
A notícia pós-clássico de domingo não foi o fim do Carioca, ou a reformulação do mesmo. A procuradoria-geral do Tribunal de Justiça Desportiva interveio com uma solução: um pedido para EXCLUIR o FLUMINENSE do Campeonato Carioca. A gente nunca sabe quão fundo é o poço.
Cada vez mais irrelevante no cenário nacional, o Carioca me vem com mais essa em 2019: uma briga política — entre dois presidentes em busca de popularidade — travestida de “setor sul”. Está claro que toda essa discussão por um espaço específico do Maracanã é só a ponta do iceberg.
Por trás do embate há interesses de vários figurões: além de dois presidentes frágeis querendo demonstrar alguma força política, entram nesse balaio a federação e o consórcio Maracanã. Consórcio, aliás, que tenta uma aproximação com o Vasco em detrimento do Flu.
Percebe-se que o único não citado é o torcedor. Sim, o mais importante no circo do futebol, o torcedor no Rio de Janeiro não é tratado como público e, sim, como palhaço.
A final da Taça Guanabara teve um primeiro tempo horrível. Times sem vibração jogando em um estádio vazio. Não era para menos. Só depois da entrada dos primeiros torcedores é que a partida foi ganhando mais emoção e apareceram alguns bons momentos.
É preciso, de fato, que alguém aparte a briga política que destrói a competição, mas excluir o Fluminense do campeonato carioca? Tá de brincadeira!!! Façamos o seguinte: que os engravatados tirem seus ternos, coloquem as chuteiras e entrem em campo. O carioquinha já é irrelevante com os 4 clubes grandes, imagina sem o Flu?
