Colômbia — Para voltar a bailar

Victor Savani
Sem Clubismo F.C.
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3 min readJun 6, 2019

Faltando 8 dias para o início da Copa América, o Sem Clubismo traz uma série de textos especiais sobre a competição. Uma seleção por dia, até a bola começar a rolar, para entrarmos no clima e conhecermos melhor essa rica história.

A glória em 2001

A Colômbia atravessava um momento muito delicado de sua história, principalmente a onda de terrorismo e guerra civil envolvendo as FARC. Com o governo tendo como missão promover a paz no país e promover a competição no mesmo ano, os reflexos foram nítidos e seleções como Argentina e Canadá acabaram ficando de fora da competição.

Dezoito anos após seu primeiro e único título da Copa América, a seleção colombiana chega ao Brasil em busca do bi-campeonato, com uma geração forte, promissora e bem madura. O ano de 2001 foi muito especial para o país e, principalmente, para sua seleção, que fez valer o fator casa para levantar a desejada taça.

Liderados pelo polivalente Iván Córdoba, jogador que fez história na Inter de Milão, e o atacante Aristizábal, que fora o artilheiro daquela edição da Copa América com 6 gols marcados - este muito conhecido pelos clubes brasileiros, visto que já defendeu as cores de São Paulo, Santos, Cruzeiro, Coritiba e Vitória - os Cafeteros fizeram um campeonato impecável, vencendo todos os jogos na competição e também sem sofrer um gol sequer nos seis confrontos.

Comandados pelo experiente treinador Francisco Maturana que foi jogado numa fogueira, visto que foi contratado somente a 3 meses da competição, a Colômbia fez um torneio sólido e, para muitos, até surpreendente da forma que venceu, passando por cima de tudo e de todos sem pena.

“Aristigol” como era chamado o principal destaque do setor ofensivo balançou a rede em 5 dos 6 jogos da equipe na competição, exceto na finalíssima diante do México.

O herói de uma nação foi Iván Cordoba, que apesar dos seus 1,73m foi gigante ao vencer uma disputa aérea no meio de 3 defensores mexicanos para anotar o gol do título, fazendo o famoso estádio El Campín, da capital Bogotá, pulsar rumo a glória.

Festa dos jogadores após receberem a taça da Copa América 2001 em casa

Momento atual

Hoje com nomes mais badalados, jovens e também jogadores consagrados no velho continente, a Colômbia almeja o segundo título na base do talento e de uma sólida defesa. O treinador Carlos Queiroz, conhecido por montar grandes sistemas defensivos, foi o escolhido para treinar La Tricolor após a saída do argentino José Pekerman, que ficou entre 2002 e 2018 no cargo.

Com Davinson Sánchez e Yerry Mina, a promessa é de que a defesa seja praticamente impenetrável vista a qualidade de ambos. E com as lideranças e referências técnicas de Falcão Garcia e James Rodríguez, Queiroz tem um grande leque de opções para levar essa geração colombiana, que bateu na trave tantas vezes, ao sucesso em terras brasileiras.

Expectativa

Sem duvida o principal destaque da equipe é o camisa 10, James. Vindo de mais uma temporada vencedora, a esperança dos torcedores colombianos está em seus pés, porém a missão não será fácil. A Colômbia terá pela frente as seleções da Argentina, Paraguai e Catar. As provas de choque virão de forma precoce e veremos como essa forte seleção irá reagir diante de adversários de peso.

Embalados pelo ritmo da salsa, a seleção colombiana tenta emplacar uma conquista com sua fortíssima geração

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Victor Savani
Sem Clubismo F.C.

25 anos. Bacharel em Sistemas de Informação. Mestrado em Big Data Aplicado ao Futebol. Apaixonado por futebol e membro do @SemClubismo_FC.