Eliminações e Eliminações

Gabriel Gouveia
Sem Clubismo F.C.
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2 min readJul 6, 2018

Ser eliminado da Copa do Mundo, independente de como seja, sempre é traumático. Os carrascos, não tem jeito, ficam marcados em nossas vidas. Rossi, Caniggia, Henry, Muller, Khedira, Kroos (OK, melhor parar por aqui).

Mas diferente de 2006, não fomos apáticos. Diferente de 2010, não tivemos um surto de maluquice. E diferente de 2014, não passamos vergonha.

Dessa vez, Brasil deixa a Copa do Mundo de cabeça erguida. Transformando o goleiro do adversário no principal personagem da partida. Tendo domínio durante todo o segundo tempo, e até mesmo um pênalti não marcado. Nosso treinador mexeu bem, talvez com atraso, mas bem. E a bola do empate caiu nos pés de quem nos encheu de esperança na estreia e de quem nos deu a última esperança na despedida. Não entrou. Bola pra fora, bola pra frente.

Pela primeira vez desde que acompanho a beleza do Mundial, não há queixas quanto ao trabalho do técnico. A defesa foi extremamente sólida e o ataque martelou, mas, numa Copa, às vezes é melhor ser cirúrgico como um bisturi do que destruidor como um martelo. A Bélgica foi fria, eficiente e merecedora. A geração é sim excelente.

O futebol nos brindou com um grande jogo. E, por favor, não é hora de ir caçar as bruxas. Vamos deixar elas trabalharem por pelo menos mais quatro anos.

O Brasil fica, a Copa segue. Aproveitemos, pois faltam apenas seis partidas.

Até 2022, Hexa.

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Gabriel Gouveia
Sem Clubismo F.C.

Só futebol. Escrevo umas paradas no Sem Clubismo FC.