Em busca da revanche!

Sem Clubismo F.C.
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3 min readSep 4, 2017

Texto do flamenguista: Guilherme Beltrão — Esporte Interativo

Quando as semifinais da Copa do Brasil estavam definidas, todo rubro-negro que projetava a classificação para a final pensava em uma coisa: revanche. Caso pegássemos o Grêmio, teríamos a chance de vingar 1997. Se o adversário fosse o Cruzeiro, era a hora de cobrar a conta de 2003.

Dois dos times mais tradicionais da competição numa semifinal. Com todo o respeito, todo flamenguista que se preze sabia que iríamos passar do Botafogo, nosso eterno freguês em decisões. A dúvida era quem iríamos pegar. E sinceramente, da minha visão, quando o Grêmio fez “só” 1 a 0 em Porto Alegre eu sabia que seria o Cruzeiro.

A expectativa para essa final é a melhor possível. O time do Flamengo está longe de ser o favorito e não temos a força total para a decisão, já que Diego Alves, Everton Ribeiro, Rhodolfo e Geuvânio não estão inscritos. De quebra, ainda temos a ausência do “Deus Inca” e amor da minha vida Paolo Guerrero do primeiro jogo e o quase confirmado desfalque de Felipe Vizeu, seu substituto imediato, que machucou o joelho jogando a importantíssima Primeira Liga.

Mesmo assim, confio bastante no Flamengo para essa final. O time mudou a forma de jogar desde que o Professor Rueda assumiu o comando. Passou a segurar mais os laterais e contar com uma dupla de volantes jogando em linha e procurando apoiar o ataque com mais frequência. Quem ganhou espaço e vem jogando bem é Willian Arão, que por mais que tenha torcido o tornozelo na última sexta-feira não deve preocupar para o jogo. O sistema defensivo está muito melhor, também. Levamos apenas um gol desde que o colombiano assumiu o Fla, e ele veio numa falha terrível de Alex Muralha.

E por falar nele…

A grande manchete de sexta-feira foi a capa do Jornal Extra, que humilhou — essa é a palavra certa — o arqueiro do Flamengo, depois de mais uma performance bastante abaixo da média, principalmente nas penalidades (acertou o canto em apenas UMA cobrança, e tem um pênalti defendido desde que chegou ao Flamengo). Mas conhecendo o meu time de sabendo que o Flamengo tem vocação para heróis improváveis, acho que a torcida vai abraçar o Muralha (até porque não temos muito o que fazer) e ajudar o goleiro a recuperar a confiança para a decisão.

Pelo lado do Cruzeiro, temos um dos maiores carrascos do Flamengo neste século: Thiago Neves. Jogando pelo Flu ele já fez estrago na gente e mesmo honrando nossa camisa em 2011 ainda deixa muito flamenguista revoltado. Seu gol na decisão é quase uma certeza.

Na parte da torcida, a maior empolgação é que teremos um Maracanã lotado para a decisão, e vimos o quanto isso faz a diferença num confronto decisivo. Contra o Botafogo a torcida estava muito bem e empurramos o time pra a frente. A organizada mais famosa do time, a Raça Rubro Negra, está promovendo em suas redes sociais uma nova música, chamada de “Arquibancada Incendeia”, inspirada no sucesso nacional “Frevo Mulher”. Pela adesão no Twitter, parece que ela vai estourar. Vamos aguardar…

O confronto está num clima muito bom de paz. Ambas as diretorias estão mostrando muito fair play e promovendo ações em conjunto, chamando a final de “#FinalDeTimeGrande” no Twitter.

Como flamenguista, não posso dizer que não estou confiante. Com alguém que ama futebol, não posso dizer que é um jogo aberto. Mas na camisa, na Raça e apostando no jogo coletivo, acredito que sairemos dessa decisão com o Tetra da Copa do Brasil. E vingaremos 2003, mesmo decidindo fora de casa como naquele ano. Vamos, Flamengo!

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