"Gol do Emelec": Após 6 anos, Flamengo reencontra algoz de vexame na Libertadores

Lucas Siciliano
Sem Clubismo F.C.
Published in
3 min readMar 14, 2018

Emelec. Apenas uma palavra. Apenas um time, mas que desperta os mais variados sentimentos no torcedor Rubro-Negro. Há 6 anos, acontecia um dos dias mais inesquecíveis da história da Libertadores para um clube brasileiro. A fatídica noite em que o Flamengo foi eliminado após o apito final da sua partida. Ou para os mais íntimos, a noite em que Léo Moura soube que seu time havia sido desclassificado, concedendo uma entrevista.

Feição de Léo Moura ao receber a notícia do gol do Emelec.

O clube carioca chegou à competição com uma expectativa não tão alta. Muito por conta do enfraquecimento do elenco em relação ao do ano anterior (2011). Porém, uma classificação para a segunda fase se via como bastante plausível, visto que o nível dos outros times em sua chave era baixo. Comandados por Ronaldinho Gaúcho e Vágner Love, os cariocas estrearam na competição eliminando o Real Potosí na Pré-Libertadores e posteriormente, empatando com o Lanús, fora de casa, na fase de grupos.

Muitos foram os motivos para que o clube mais popular do Brasil tenha caído no torneio de forma vexatória, naquele ano — os extracampo, deixaremos de lado-. Um dos jogos mais simbólicos, aconteceu contra o Olimpia, no Engenhão. Uma vitória 99% certa se transformou em um pesadelo em questão de minutos, literalmente. O Rubro-Negro, até os 30' do segundo tempo, tinha uma vantagem de nada mais, nada menos do que 3 x 0 no placar. Logo após, os torcedores presentes viram seus jogadores levarem o inimaginável empate em um espaço de incríveis 13 minutos.

Ronaldinho, em má fase, não conseguiu evitar o primeiro vexame no Engenhão.

Liderado por Joel Santana, o Flamengo chegou àquela noite tendo feito somente 5 pontos em 5 jogos e precisando de uma combinação de resultados para sair classificado. Necessitava de uma vitória sobre o já qualificado, Lanús, em casa e de que o Emelec não vencesse o Olimpia, no Paraguai.

O mais querido fez seu papel de casa batendo os argentinos no Engenhão, porém no outro jogo, os equatorianos estavam vencendo. Até que o improvável aconteceu. Em uma jogada despretensiosa, os paraguaios conseguem empatar o jogo aos 46 minutos. Infelizmente, para o clube brasileiro, o que era improvável e feliz, se tornou algo inacreditável e triste. Um minuto após sofrer o empate, o time do Equador consegue o heroico gol em um escanteio, se classificando e fazendo daquela noite um filme de terror para a maior torcida do país.

Felipe e Love não conteram as lágrimas no desastre.

Atualmente, tudo que se espera na gávea é que o ano de 2018 não reserve ao clube mais um vexame na Copa Libertadores e vencer um algoz, como o Emelec, logo na fase de grupos traria uma confiança pro grupo. Além dos equatorianos, o Fla enfrenta também River Plate-ARG e Santa Fé-COL.

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