Karim Benzema: sempre no meu time
Quem acompanha o futebol europeu sabe como Karim Benzema divide opiniões.
A qualidade futebolística do camisa 9 é constantemente colocada em dúvida sempre que ele “deixa” algum tipo de margem para isso. Essa parte do público faz questão de subestimar o jogador, sem dar muita importância ao seu real valor e a tudo o que proporciona ao Real Madrid dentro e fora de campo. A preguiça na hora de analisar o impacto dele no futebol não pode existir.
Fundamental para Zidane — e todos os técnicos — desde que foi contratado, não vai perder a titularidade tão cedo, mesmo com 31 anos. Com a chegada de Jovic deve conseguir um pouco mais de folga, e isso é ótimo, pois na temporada passada carregou o time nas 53 partidas que jogou. É difícil dizer se irá de fato ter esse descanso, porque é um jogador imprescindível para a equipe fluir no ataque, mas o ideal seria dosar bem os minutos do camisa 9.
Atualmente se o ataque merengue funciona é muito por conta dele, nenhum outro jogador consegue ter o mesmo impacto nos companheiros como ele. É um centroavante que contribui mais no jogo dos colegas do que na satisfação própria, sendo absurdamente influente dentro de uma equipe com tantas outras estrelas, que, geralmente, são mais reconhecidas.
Pergunte a Cristiano Ronaldo se ele não sente falta do camisa 9 abrindo espaços na grande área para ele estufar as redes; se Benzema não é o melhor companheiro de ataque da sua carreira… Você pode achar toda essa idolatria idiota no primeiro momento, mas é só assistir os lances de gols e assistências entre a dupla que vai notar como o francês potencializava ainda mais o camisa 7. Eu sei que é muito mais fácil falar que CR7 fez tudo sozinho, pois é o “melhor do mundo”, do que reconhecer o trabalho de Benzema por trás disso tudo. Entretanto é visível essa questão do sacrifício quando o português é vendido e o camisa 9— que sempre foi artilheiro — desanda a fazer mais gols.
Em sua primeira temporada sendo a principal referência ofensiva do time marcou 30 gols e deu 11 assistências em 53 jogos — isso tudo sem ser o cobrador de pênaltis da equipe, já que o capitão Sergio Ramos se encarregou disso.
Nos dias de hoje anda sendo mais difícil ver alguma crítica ao jogador porque seria brigar demais com os números. Mas a questão é que Benzema sempre foi mais do que números, e isso é o que faz dele um jogador especial, mesmo tendo essa fama mascarada de centroavante que não faz gols.
Mais do que ídolo do clube merengue — e você madridista ignorante não pode lutar contra isso — nunca ameaçou o presidente para conseguir uma renovação de contrato, ou um aumento de salário, e ainda é um grande capitão dentro do vestiário, não só pela faixa. Sempre entendeu o tamanho do clube, demonstrando um apreço por esse escudo todas as vezes que entra em campo. Tem um respeito gigante pelos torcedores e merece todo esse respeito de volta. É por isso que estará sempre no meu time.