O “Call of Duty” de Heung-min Son

Na Coreia do Sul, todo homem deve servir às Forças Armadas do país pelo período de dois anos, obrigatoriamente, até os 27 anos de idade. E nem os jogadores de futebol ou os astros do K-Pop fogem disso. Porém, é possível se isentar, ou abreviar, sua passagem pelo exército sul-coreano se os mesmos alcançarem uma horaria considerável para a nação. Son e seus companheiros de seleção conseguiram isso através da conquista dos Jogos Asiáticos, em 2018, e, portanto, apenas precisariam participar de um treinamento de 30 dias.

Son havia planejado cumprir suas obrigações militares no verão europeu, época de férias para os jogadores do velho continente. Mas com o triste imprevisto da pandemia do Covid-19, antecipou seu treinamento para abril deste ano. O atacante passou três semanas no campo de treinamento do Corpo de Fuzileiros Navais, situado na ilha de Jeju, região sul de seu país natal. Por ter optado pelo grupamento de fuzileiros navais, serviu por um período mais curto, em vez de um mês habitual.

Segundo a “Reuters”, Son pode ter enfrentado exercícios com gás lacrimogêneo, tiro ao alvo e uma marcha de 30 km dentre outras atividades pesadas. O que se sabe é que, além de ter cumprido seu treinamento, o mesmo recebeu o prêmio Pilsung, um dos cinco disponíveis para as melhores performances, dentro do grupo de 158 cadetes, tendo acertado 10 dos 10 alvos na prova de tiro. Fora a pontaria, segundo a BBC Sports, o serviço militar incluiu também treinamentos de química, biologia, radiologia, combate individual e primeiros socorros.

Pensa que acabou? Ainda não. Son ainda terá que cumprir 544 horas de serviço comunitário, mas podendo ser pago gradualmente até 2023.

O jogador agora está liberado para se reapresentar ao Tottenham, que o espera antes do final de maio. Ele deve permanecer em quarentena por um tempo, seguindo as orientações do governo britânico.