Os melhores jogadores da últimas 4 Copas do Mundo
Embora todo ano o título de ‘Melhor jogador da Copa do Mundo’ seja escolhido pela FIFA, sempre há controvérsias. Não na forma em que é escolhido ou por quem, mas sim pelo rendimento apresentado pelo escolhido (ou pelo não escolhido em alguns casos). Criado em 1982, Diego Maradona, Romário e Ronaldo são alguns dos ganhadores do prêmio.
2002: Oliver Kahn
Apesar de sua falha na final do mesmo ano, o goleiro alemão se tornava o primeiro arqueiro na história das Copas a receber o troféu, recebendo 147 votos, 20 a menos que o seu pesadelo daquela edição, Ronaldo Nazário. Muitos podem pensar que o craque brasileiro merecia o troféu, afinal, foi nome de impacto direto na campanha brasileira e o nome da final, anotando 2 gols.
Mas para se ter uma ideia, em toda a competição, Oliver Kahn sofreu apenas um gol, anotado pelo artilheiro da seleção irlandesa Robbie Keane. Nas demais partidas passou longe de tomar. Para nossa felicidade, suas falhas apareceram logo no momento mais importante da competição: A final. Em um chute forte de Rivaldo de fora da área, o alemão cometeu o erro que custou todo um trabalho, dando um rebote na frente de um dos melhores camisas 9 da história.
2006: Zinedine Zidane
O recente tricampeão da Champions, como técnico, pelo Real Madrid foi o ganhador da Bola de Ouro na edição de 2006 na Alemanha. Poderia ser uma Copa digna da perfeição, afinal, suas exibições ao lado de Thierry Henry eram de encher os olhos. Eis que pela sua frente havia a seleção italiana de Cannavaro e Buffon e em particular… Marco Materazzi, pobre italiano. O integrante da Azzurra que havia marcado no tempo regulamentar e, posteriormente, nos pênaltis, se envolveu em confusão com o meia na prorrogação, insultando a irmã do franco-argelino. A consequência todo mundo sabe: A icônica cabeçada do francês em seu peito, provocando a expulsão instantânea do mesmo.
Fabio Cannavaro também poderia ter ganho a Bola de Ouro e acabou sendo o segundo colocado na disputa, com menos de 100 votos de diferença. Como consequência da boa fase em que vivia e da ótima campanha italiana em 2006, acabou vencendo o prêmio de melhor jogador do mundo daquele ano.
2010: Diego Forlán
Talvez uma das edições mais polêmicas no que diz respeito a esse título. O uruguaio Diego Forlán é o detentor do prêmio do torneio na Africa do Sul, mas alguns nomes correram (e com muitíssima razão) por fora.
Defendendo o uruguaio, Forlán devolveu — pelo menos naquela edição — a glória que o Uruguai merecia. De forma triste, caíram nas semi-finais para a Holanda e acabaram por perder para a seleção alemã na disputa do terceiro e quarto lugar. No entanto, em todo o campeonato exibiu um futebol vistoso e encantador, o qual todos sabiam que era capaz; muito por isso, acabou anotando 5 gols (tal como David Villa pela Espanha e Thomas Müller pela Alemanha) e pela quantidade de assistências, critério de desempate, também faturou a chuteira de ouro, dada ao artilheiro da competição.
Por fora correram o já citado David Villa, campeão da edição e dono de 5 gols da seleção espanhola durante a campanha na África do Sul e o holandês, o carrasco brasileiro da edição, Wesley Sneijder. Para se ter uma ideia da disputa na época, Forlán levou vantagem na votação por apenas 1.6%.
O holandês fez uma campanha quase que impecável, assim como Forlán, pela Copa. Indo além nas fases de mata-mata em relação ao uruguaio, Sneijder teve provavelmente contra a seleção brasileira uma de suas melhores atuações pessoais em todas as copas. Abaixo você confere a ligeira disparidade do uruguaio em relação ao holandês.
2014: Lionel Messi
Se consagrar o melhor jogador do campeonato e ser vice não é novidade, afinal já vimos isso nas edições de 2002 e 2006. O grande problema da história, nessa edição, foi o comentário público de Joseph Blatter, até então presidente da FIFA, criticando abertamente a escolha do comitê organizador afirmando que Messi não merecia o prêmio e que Neuer, goleiro campeão poderia ter recebido sem problemas (opinião pouco questionável, afinal o alemão foi um dos responsáveis pela campanha vitoriosa em terras brasileiras); Disse ainda que o comitê avaliador levou em consideração apenas 10 jogadores — todos eles presentes na partida final.
Deixando de lado os dois nomes já citados, precisamos falar do injustiçado holandês, Arjen Robben. Muitos afirmam que o careca, dono de uma canhotinha indefensável merecia o prêmio e podemos dizer que sim: ele merecia.
A começar pela, no mínimo, excelente apresentação contra a seleção espanhola, que rendeu à Holanda o placar de 5–1 e os emblemáticos gols de Robin Van Persie com show do próprio Robben, ultrapassando Sergio Ramos na corrida (atingindo a maior velocidade de um jogador em todas as Copas) e deixando toda a zaga no chão dentro da área, fechando a jogada com um belo gol.
Apesar do polêmico pênalti no mata-mata contra o México, Robben foi um dos jogadores mais valorizados da Copa do Mundo de 2014, porém, acabou caindo, justamente, para a seleção de Lionel Messi nas semifinais, o que pode ter impactado na escolha.
A edição de 2018 traz consigo talvez a edição com o maior número de jogadores promissores e que já tem dado o que falar nos campos do mundo todo. Todas as seleções estão nos seus auges, algumas mais, outras menos, porém, indiscutivelmente, darão trabalho para a FIFA em escolher o melhor jogador da edição.
