Palmeiras 2018 — O que esperar?
Em 2017, o Palmeiras era, ao lado de Atlético Mineiro e Flamengo, um dos grandes favoritos para conquistar os principais títulos da temporada. Mas o clube derrapou muito nas competições e terminou o ano sem erguer troféus. Para esse ano o Alviverde segue com o favoritismo e o melhor elenco do país. Neste texto, irei citar o que o Verdão tomou de lição e evoluiu em relação a última temporada.
[caption id=”attachment_5686" align=”aligncenter” width=”640"]
Um ano promissor, terminou decepcionante para o Alviverde Imponente. (Foto: MAURO HORITA/Gazeta Press)[/caption]
2017: Um ano amargo
Ano passado houveram muitas incertezas e falhas na montagem do elenco, filosofia de jogo e principalmente em contratações. O primeiro erro, que na minha opinião foi crasso e determinante no desempenho do clube: não ter convicção no que queria como treinador e estilo de jogo. Após a saída de Cuca no final de 2016, o Palmeiras ficou perdido e sem nenhuma boa opção no mercado de técnicos.
Apostaram em Eduardo Baptista, devido aos seus grandes trabalhos na Ponte Preta e Sport. Porém, como não deram o devido respaldo ao comandante, que vivia a pressão de ter a sombra de Cuca, atual campeão brasileiro na época, a demissão precoce ocorreu após o tropeço contra o Jorge Wilstermann na Bolívia com um aproveitamento superior a 60%. Jogadores como Borja, Guerra, Felipe Melo eram as principais esperanças de título, mas somente o venezuelano apresentou um bom futebol no decorrer do ano. Além das contratações de Fabiano, Hyoran, Raphael Veiga, Luan, Juninho e cia que eram apostas para o futuro, entretanto foram pouco aproveitados, sobretudo os dois meias.
Cuca: O salvador da pátria. Ou não…
Maio de 2017, o retorno do Cuca e sua folclórica calça vinho. O Palmeiras alimentava toda a sua esperança no antigo treinador pensando que as coisas voltariam aos trilhos. Todos nós vimos o que aconteceu: contratações exigidas por um alto valor, uma completa bagunça dentro de campo, afastamento de Felipe Melo, eliminações na Copa do Brasil e Libertadores — torneio tratado como obsessão e a única prioridade da diretoria, deixando de lado o Brasileirão que foi escanteado por um longo tempo. Quando reagimos, era tarde demais.
[caption id=”attachment_5687" align=”aligncenter” width=”640"]
Alejandro Guerra e Miguel Borja foram as principais contratações de 2017, mas assim como o time, renderam muito abaixo do esperado. (Foto: BRUNO ULIVIERI/Raw Image/Gazeta Press)[/caption]
Com este aprendizado, o Palmeiras mudou completamente sua forma de agir no mercado, traçou um planejamento diferente trazendo reforços pontuais e as tais “oportunidades de mercado”. Além de trazer um técnico com muito potencial, prometendo dar o devido respaldo e não trazer aquela pressão toda de 2017 para dentro do ambiente de trabalho. Roger Machado acertou sua vinda em novembro, participou de todo o planejamento da temporada, algo raro de se ver ultimamente, visto que tivemos muitos técnicos em um curto período de tempo.
O ano de 2018
Menos quantidade, mais qualidade. Saíram muitos jogadores e chegaram reforços pontuais. Hoje o Palmeiras conta com 34 jogadores em seu elenco — o plantel menos recheado do estado, diferente do que dizem alguns veículos de imprensa e torcedores rivais. Precisávamos de laterais, chegaram Diogo Barbosa e Marcos Rocha. Goleiro? Weverton foi contratado para assumir a meta do Verdão no futuro. Meio campo enfraquecido? Chegaram Gustavo Scarpa e Lucas Lima — dois dos maiores assistentes para gol do futebol brasileiro nos últimos anos. Sem contar o retorno de jogadores que pertenciam ao clube como Artur e Victor Luís e a contratação do promissor zagueiro Emerson Santos. Isto sem gastar muito, somente Diogo e Weverton custaram algo nesta janela e serão pagos inteiramente pelo clube, sem ajuda de patrocinador.
Em relação ao trabalho de Roger, teremos uma equipe bastante organizada, que procura sempre jogar com a bola no chão, com muita cadência e troca de passes. E como o próprio técnico citou em sua apresentação: “No hino do Palmeiras, tem um lema de uma equipe equilibrada, uma defesa que ninguém passa, e uma linha atacante de raça. Para mim, isso já traduz muito do que um time deseja ser dentro de campo. E tu respeitando também a história do clube nesse sentido. Não é um aspecto apenas. O mais importante é poder fazer isso desde o início, com entendimento de todos.”
[caption id=”attachment_5688" align=”aligncenter” width=”640"]
Roger terá uma enorme responsabilidade neste ano: levar novamente o Palmeiras ao topo. (Foto: AGATHA GAMEIRO/FramePhoto/Gazeta Press)[/caption]
Só nos resta ter PACIÊNCIA, CONFIAR no trabalho do elenco/comissão técnica e APOIAR sempre em todas as circunstâncias. Nossa diretoria está fazendo de tudo para evitar os percalços da última temporada, vamos fazer de tudo para não atrapalhar, juntos somos mais fortes!
Avanti, Palestra!