Por que o Corinthians caiu tanto de desempenho?

Sem Clubismo F.C.
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2 min readOct 23, 2017

Não é segredo para ninguém que o Corinthians do segundo turno vem decepcionando, e a queda de rendimento em comparação ao primeiro turno é absurda. Atualmente, a equipe do Parque São Jorge possui somente a décima quinta melhor campanha da segunda metade do Campeonato. Muito pouco para quem deseja ser campeão e, com sorte, ainda lidera com 6 pontos de vantagem.

Minha tese para a atual fase do Timão se baseia na queda de rendimento individual de alguns jogadores, que acarretam na queda do desempenho coletivo. Guilherme Arana, Jadson, Rodriguinho e Romero. Curiosamente ou não, todos exercem funcões essenciais na criação de jogadas ofensivas. Até mesmo Arana — lateral de origem — é importante na armação já que dá profundidade as jogadas, algo que Jadson não tem e Romero não exerce com tanta qualidade.

Ao meu ver, os principais culpados são os jogadores que atuam pelas linhas centrais do campo. O paraguaio, idolatrado por muitos torcedores graças a sua dedicação defensiva, ajuda muito pouco ofensivamente. Anteriormente, mesmo se destacando na defesa, o mesmo conseguia criar algumas oportunidades de gol. A última vez em que marcou foi contra o São Paulo no primeiro turno. Já Jadson é outro que vive péssimo momento — sem velocidade, o camisa 10 não ajuda muito na marcação e no ataque costuma escolher as jogadas erradas. Definitivamente não é o mesmo de 2015.

Atualmente, os técnicos rivais sabem da dificuldade dos comandados de Carille em propor o jogo. No entanto, essa deficiência já existia no 1° turno — na maioria dos jogos em Itaquera a equipe era obrigada a ficar mais tempo com a bola — e mesmo assim, era superada e o time conseguia dentro de seus limites envolver os adversários e sair vitorioso. É importante ressaltar que o futebol reativo, tão comentado pela mídia, só era visto nos jogos fora de casa.

Agora, com um ataque improdutivo, até uma forte defesa passa a ter problemas com as investidas adversárias. A bola pode até ficar mais tempo com os corinthianos, entretanto, a falta de criatividade da linha de 4 jogadores do meio de campo facilita demais o trabalho de quem o enfrenta, já que não é ameaçado muitas vezes.

Bom, se o problema é tão óbvio assim, por que Carille insiste em seus 11 titulares? Na teoria, era só trocar Romero e Jadson por Marquinhos Gabriel e Clayson — atletas velozes, habilidosos e que ajudam a abrir defesas. Porém, como o elenco não é muito numeroso e ele não dispõe de tantas opções para substituições durante os 90 minutos (é notória as entradas dos mesmos jogadores sempre), o treinador prefere guardar as soluções para as retas finais dos duelos. Infelizmente, o que se paga com isso são a perda dos 45 minutos iniciais, já que os atuais titulares não conseguem criar duas chances de gol durante a primeira etapa.

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