PSG e Manchester City: o sonho do título inédito de Champions League

Lucas Siciliano
Sem Clubismo F.C.
Published in
4 min readApr 28, 2021

Paris Saint-Germain

Depois de uma temporada em que os Parisienses se permitiram sonhar, a atual semifinal tem pela frente um dos melhores times da Europa visando a segunda final de sua história — também consecutiva.

Vivendo seu melhor momento na temporada desde a chegada de Mauricio Pochettino, o Paris vem de grandes resultados e atuações individuais de Mbappé como esperança de um triunfo contra os Cityzens. Após passar pelo Bayern de Munique, o PSG emplacou uma sequência de três vitórias seguidas somadas pela Ligue 1, brigando firme com o Lille pelo tetra campeonato consecutivo da liga, e também na Copa da França — onde conquistou a vaga na final após golear o modesto Angers.

A semelhança desses resultados? Kylian Mbappé. O atacante de 22 anos vem assumindo cada vez mais o papel de protagonista da equipe parisiense, tornando-se peça vital nos triunfos nos jogos passados, como também na chegada do PSG nas semifinais da Champions, fazendo gols importantíssimos diante de Barcelona e Bayern de Munique. Com o retorno de Marco Verratti, o meio de campo dos franceses se fortalece na marcação e também na criação, ajudando ainda mais o ‘adulto’ Neymar.

O brasileiro vem mudando sua postura, tornando-se uma liderança cada vez mais positiva no vestiário e em campo, e terá um City que tende a ceder o mínimo de espaço possível para ele, ainda mais após uma entrevista coletiva de Guardiola — que de maneira apaixonada — exaltou muito o bom futebol do nosso craque.

Duas das grandes estrelas do futebol mundial, Mbappé e Neymar são a grande força do PSG para passar do ótimo coletivo inglês. (Reprodução/Alexander Hassenstein/Getty Images)

Com isso, devemos ter uma batalha muito intensa de um Manchester City mais completo, melhor no coletivo e consequentemente favorito nessas semifinais contra um Paris Saint-Germain, apostando suas fichas na genialidade de seus principais craques e aproveitando seu melhor momento na temporada para alcançar o título inédito.

Manchester City

Após fazer jus ao seu favoritismo diante do Borussia Dortmund e chegar às semifinais da Champions League pela segunda vez em sua história — a primeira na era Pep Guardiola — o Manchester City agora terá pelo seu caminho o Paris Saint-Germain para fazer história e disputar final inédita.

Apesar de todos os recordes e sucessos que a passagem de Pep rendeu ao City, não é novidade para ninguém que a grande ambição do clube e de seus torcedores sempre foi conquistar a “orelhuda”. Para isso, os comandados de Pep precisarão mais do que nunca estar com o mental em dia para enfrentar um agora cascudo PSG.

Mais coletivo que seu adversário, espera-se que os Cityzens joguem com suas linhas bem compactadas de modo que cedam o mínimo de espaço para a criatividade de Neymar e a velocidade de Mbappé nos contragolpes. Dessa forma, o provável meio-campo composto por Rodri, Gundogan e De Bruyne precisará de muita pegada nas investidas dos franceses e criatividade no ataque, seja nas infiltrações do alemão ou nas enfiadas do belga.

Mesmo com excelentes jogadores no time titular, o grande forte da equipe é o jogo coletivo comandado pelo treinador espanhol. (Reprodução/Getty Images)

A versatilidade do trio de ataque também será de suma importância na partida. O crescimento meteórico de Phil Foden que já se mostra maduro entregando muita velocidade e criação de jogo, o poder individual de Mahrez nos dribles e desmarques e o retorno de Bernardo Silva à boa fase podem machucar a defesa do PSG que, apesar das classificações, sofreu bastante contra o Barcelona em Paris e principalmente contra o Bayern nos dois confrontos.

No entanto, a falta de um finalizador de origem pode acabar sendo um fator negativo. Ainda mais tendo em vista os confrontos contra o Borussia Dortmund, por exemplo, que o time inglês sofreu muito mais do que deveria e acabou flertando com a eliminação em certo momento. Além desses jogos, a última partida dos ingleses também deve servir de lição; na final da Copa da Liga diante do Tottenham, o Man City fez uma de suas melhores atuações na temporada e só foi conseguir matar a partida no final do jogo em uma jogada de bola parada.

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