Qual seria o XI da Seleção Brasileira se participássemos da Eurocopa U21?

Sem Clubismo F.C.
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6 min readJun 20, 2017

A fase final da Euro U21 está a todo vapor na Polônia. Pra quem não sabe, o torneio não é um simples campeonato Sub-21, ele tem suas peculiaridades nas regras. O “ciclo” ocorre de dois em dois anos e os jogadores devem ter até 21 anos antes da data do seu inicio, ou seja, no caso desse ciclo que está sendo finalizado com a fase final agora em junho os jogadores deveriam ser nascidos a partir de 1 de janeiro de 1994. O nível do torneio é bem interessante e já podemos observar jogadores consagrados como Asensio, espanhol que já marcou gol em final de Champions League e estreou no torneio anotando um hat-trick.

Nós, do Sem Clubismo FC, esboçamos a nossa seleção canarinha para bater de frente com os gigantes europeus nesse torneio. Será que nossa geração teria chance? Aviso: grandes nomes aparecerão nessa lista e nossa camisa pesa como nenhuma outra, boatos que daríamos trabalho.

GOLEIRO — JEAN (Bahia)

Jovem de apenas 21 anos, Jean assumiu o gol do Esquadrão de Aço e mostrou personalidade. Apesar de algumas falhas nos primeiros jogos, aos poucos foi ganhando a confiança do torcedor baiano e hoje é unanimidade do futebol nordestino. Acumulando atuações espetaculares nesse inicio de Campeonato Brasileiro, o goleiro que figurou por anos como titular nas seleções de base seria a melhor opção para ser o dono da camisa 1 da Seleção U21, devido a Ederson (Man. City) estourar a idade por alguns meses.

LATERAIS — JORGE (Mônaco)

Destaque do Flamengo em 2016, Jorge foi uma grata surpresa na Gávea e venceu o Prêmio Craque do Brasileirão na categoria Lateral-Esquerdo. Vendido ao Mônaco na virada do ano, o garoto ainda não foi aproveitado como se imaginava pelos monegascos, mas tem se adaptado bem na França, sendo utilizado inclusive como volante em alguns momentos quando atuou. Jorge tem muita qualidade de passe e chega muito bem ao ataque, além de ter uma boa noção de preenchimento de espaços. É fato que a tendência é que na Europa ele se torne um jogador cada vez mais completo e sem dúvidas seria uma das principais armas dessa seleção.

ZECA (Santos)

Ambidestro, o lateral santista consegue atuar tanto pela esquerda, quanto pela direita. Jovem, fez parte do grupo que conquistou a medalha olímpica e é uma ótima opção para atacar pelo lado. Não é dos melhores defensivamente, mas não compromete na marcação. Seria a melhor opção quando se trata de lateral-direita.

ZAGUEIROS — MARQUINHOS (PSG)

Marquinhos dispensa comentários. Formado na base do Corinthians, o zagueiro hoje está na lista dos melhores do mundo e é o mais promissor da geração de defensores brasileiros. Titular da seleção principal, ele seria uma das estrelas que chamariam a responsabilidade em uma possível Seleção para o Europeu U21. Rápido, bom na bola aérea e com uma noção de posicionamento muito boa, ainda possui liderança dentro de campo. Unanimidade.

JUNINHO (Palmeiras)

Recentemente contratado pelo verdão de São Paulo, após ser destaque do verdão do Paraná, Juninho saiu do Coxa credenciado pelas ótimas atuações no Brasileirão de 2016. Sendo um dos melhores do Campeonato, é espetacular na bola aérea, além de sair jogando de cabeça em pé. Hoje, dentre as opções caseiras, o jovem deve ser o mais promissor da posição que ainda joga aqui, ao lado do companheiro Luan e do rival Rodrigo Caio.

MEIO-CAMPISTAS — WALACE (Hamburgo)

Um dos destaques da seleção medalhista olímpica e ponto essencial para o bom rendimento do Grêmio em 2016, Walace é um volante que tem tudo pra ser um dos melhores do mundo. Marcação pesada, com raça e vontade, aliada a qualidade de passe e de preenchimento de espaço. Na mão de Tite seu papel seria muito destacado e sua qualidade o credencia inclusive para fazer a “primeira linha de 1” da equipe principal de Adenor.

BOSCHILIA (Mônaco)

Um camisa 8 moderno, com qualidade de passe e capacidade de fazer o jogo girar como poucos no mundo. Boschilia era um dos maiores destaques do Mônaco antes de lesionar seriamente o joelho. Em breve, o ex-São Paulo deve retornar e repetir as boas atuações, que o credenciaram a seleção da primeira parte do Campeonato Francês. Ainda consegue fazer o papel tático de ajuda ao volante principal, na trinca de meias, podendo fazer uma boa dupla com Walace.

GUSTAVO SCARPA (Fluminense)

Velocidade, qualidade na cobrança de faltas, finalizações de média distância que vencem jogos e poucos anos de idade. Esse é Gustavo Scarpa, maior joia de Xerém. Podendo realizar várias funções em um meio-campo, o garoto é um dos maiores destaques do Brasileirão desde a temporada passada e não foi as olimpíadas por caprichos do destino. Fazendo a função de 10, flutuando, seria essencial para a Seleção U21 funcionar,

ATACANTES — RICHARLISON (Fluminense)

Podendo jogar por dentro ou mais aberto, essa possibilidade de variação ajuda muito Richarlison. Qualidade de passe, visão para jogar de cabeça em pé e ousadia pra partir pra cima são suas maiores virtudes, que despertaram o interesse de Palmeiras e Roma. Talvez, essa seja a escolha mais diferenciada dessa seleção e ocorreu pela possibilidade da frequente troca de posição com Jesus, o que faria as suas funções se encaixarem bem.

DAVID NERES (Ajax)

David Neres tinha tudo para ser o melhor jogador do São Paulo em 2017, mas uma proposta do Ajax cortou pela raiz tudo que o clube tinha em mente para o jogador. Muito rápido e endiabrado, tem o drible como principal virtude, essencial para contra-ataques rápidos. Sua visão de jogo ainda potencializa esse estilo. Na Holanda começou bem, apesar de ainda não assumir a titularidade. Ele com Gabriel Jesus seria um super ataque, sorte a nossa!

GABRIEL JESUS (Manchester City)

A maior estrela sua equipe. Falar bem de Gabriel é muito fácil, atacante de velocidade, esforçado, ajuda em tudo que se precisa e principalmente, é matador. Cheio de estrela, chegou a Manchester dando o que falar e começou sua jornada na seleção marcando muitos gols. Sem Jesus, essa seleção não estaria completa.

Nas mão de Tite essa seleção conseguiria fazer estrago. A dobradinha de Walace e Boschilia no meio traria uma mobilidade e velocidade de transição, com Scarpa podendo flutuar em uma linha entre a dupla e os atacantes, variando entre as pontas. Essa movimentação do meia ainda permitiria tabelinhas com os pontas e se bem trabalhadas, ainda abririam espaço para a chegada dos laterais, que possuem grande qualidade de passe, na linha de fundo.

Neres, Richarlison e Jesus, seria um ataque de muita velocidade e movimentação, essencial para se vencer uma defesa alta, comum nas equipes europeias. A defesa seria sólida por si só, com jogadores de qualidade na marcação e um meio-campo que tem boa capacidade de proteção. No papel, temos nomes inferiores, mas um trabalho tático, dando destaque correto para as estrelas poderia gerar frutos e assim, bater as principais potências da Europa.

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