Real Madrid e Chelsea por um objetivo: a final da Champions

Bruna Mendes
Sem Clubismo F.C.
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3 min readApr 27, 2021

Depois de passar do Liverpool na última fase, o Real Madrid teve pela frente partidas importantes para se manter vivo na briga pelo título da La Liga. Entretanto, nessas três partidas empatou duas e os adversários conseguiram boa vantagem na tabela. Por conta disso, a equipe comandada por Zidane vê a Champions League como última forma de conseguir um título na competição e vem com tudo para conseguir um placar bom dentro de casa.

O retorno de Hazard pode ser importante por todas as características do jogador, que alivia um setor criativo fraco — que é o caso do Real Madrid de Zidane. Além do belga, o retorno de Toni Kroos, é fundamental para a consistência tática e técnica do time.

Kroos é o líder de assistências (8) da equipe na temporada. (Reprodução/Getty)

As grandes faltas são sem dúvidas Valverde e Mendy. O uruguaio vem fazendo sua função muito bem e traz toda a energia e intensidade que a equipe precisa em confrontos importantes como esse. Mendy é insubstituível atualmente e fornece em progressão no ataque e defensivamente algo que nenhum outro consegue.

A ausência do francês faz com que a equipe possa se transformar num sistema de três zagueiros para não perder tanta força defensiva com uma possível entrada de Marcelo como ala. Nacho e Militão fazem bom trabalho desde que entraram no time titular e é difícil pensar que um dos dois irá sair do XI. Por outro lado, Varane retornou depois de testar negativo e é uma ótima opção também. Pensando nisso, e nas questões defensivas, Nacho pode acabar sendo o lateral-esquerdo no esquema natural com a primeira linha de quatro, e isso possibilita a permanência de um meio-campo mais sólido e mais movimentações sem ceder espaços.

Como dupla, Nacho e Militão melhoraram a defesa de área do Real Madrid e com isso a equipe passou a sofrer menos gols. (Reprodução/Getty)

O grande desafio do Real Madrid de Zidane contra o ótimo Chelsea de Thomas Tuchel é conseguir superar um adversário mais consistente do que os já enfrentados. Na reta final da temporada, a equipe sofre com problemas físicos e vem sentindo falta desse vigor em campo. Por conta disso, acabou cedendo pontos contra equipes inferiores no campeonato espanhol e tende a perder intensidade durante os 90 minutos contra uma equipe de alto nível como o Chelsea.

Pelo lado dos Blues, a esperança de conquistar o seu bi campeonato na Champions passa muito por uma consistência defensiva adquirida desde a chegada de Thomas Tuchel e uma melhora considerável no coletivo da equipe londrina.

Centrada no talento de Mason Mount que faz uma temporada magnífica, Tuchel conseguiu extrair o melhor das principais peças da equipe. O resultado? O Chelsea perdeu apenas dois jogos desde a chegada do comandante alemão. Foram 21 jogos, 14 vitórias, 5 empates e duas derrotas para Porto e West Bromwich.

Depois de ser vice com o PSG na temporada passada, Tuchel tem nas mãos a chance de chegar em duas finais seguidas com dois clubes diferentes. (Reprodução/Getty)

Com um perde e pressiona bastante ajustado e com Mount e Werner bastante afiados nas transições ofensivas, o Chelsea vai buscar o tempo todo deixar o Real Madrid desconfortável na partida. Conhecendo os problemas que os espanhóis tem na criação de jogadas, pressionar a equipe Madridista e encurtar o campo para Toni Kroos e Modric, como também, não dar espaço para Vinicíus Junior e Karim Benzema abrirem espaços na defesa dos Blues é o ideal a se fazer.

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Bruna Mendes
Sem Clubismo F.C.

Uma vez na vida outra na morte escrevo sobre umas coisa daora aí.