Atlético-PR x São Paulo: O que esperar
Para o azar do torcedor são paulino, o clube paulista pega pela quarta fase da Copa do Brasil o único time dos 20 presentes na Série A, que permanece invicto no ano de 2018. E, apesar de ao longo das 58 partidas disputadas entre os dois times, o São Paulo Futebol Clube levar a melhor com 20 vitórias, 20 empate e 18 derrotas, o cenário é completamente contrário neste ano — e sabemos que, em campo, o retrospecto não conta em nada.
Na última partida, ocorrida pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, o Tricolor paulista levara a melhor, garantindo a vitória por 2x1 e saindo da zona de rebaixamento da tabela, algo que foi muito comum para o clube no ano de 2017. Passado todo o sufoco do São Paulo, em 2018 o clube vai se encontrando com um modelo de jogo que pode ir emplacando, pouco a pouco, sob o comando do uruguaio Diego Aguirre, e com 1 semana disponível para treinamentos, após a eliminação no Campeonato Paulista, é esperado que o time entre com força máxima no jogo de ida que será realizado no dia 04/04, na Arena da Baixada.
A reação que Tricolor Paulista precisa!
O uruguaio assim que chegou na capital paulista, implantou sua ideia de jogo: Agressivo e que ataca comumente no 4–2–3–1 (e defende no 4–4–2), tendo demonstrado resultado, visto os jogos do Majestoso (principalmente na ida), São Caetano e contra o CRB (que mesmo sob o comando de Jardine, já tinha dedos do comandante compatriota de Diego Lugano). Muito dificilmente o técnico do tricolor paulista fará mudanças no estilo de jogo com as peças que tem à disposição, mesmo com alguns desfalques importantes e imprescindíveis para o time.
Entre os desfalques do clube paulista, encontra-se Hudson, volante que poderá, em breve, assumir a vaga de Petros, que vem jogando em baixo nível e comprometendo o resultado da meiuca e Valdívia, um dos destaques desse início de ano tricolor. Das 11 partidas disputadas, foi titular em 7, acumulando 2 gols e 2 assistências. Este, tenta acelerar o máximo possível sua recuperação para estar em campo na partida de volta, dia 20/04 no Morumbi.
Cueva e Rodrigo Caio poderão estar disponíveis para o jogo. O primeiro poderá dar dinamismo e ajudar na criação das jogadas; já o segundo pode amargurar facilmente o banco, visto o bom desempenho da zaga nos últimos jogos sem o garoto de Cotia.
Os invictos do Paraná
Do lado do time paranaense, como já citado anteriormente, o Furacão é o único time da Serie A invicto e sabemos que o clube quer remar rumo à um recorde maior ainda, já são 18 partidas disputadas, 11 vitórias e 7 empates, em confrontos pelo Campeonato Paranaense e pela Copa do Brasil. O Atlético além de faturar o título da 2 ª Taça vencendo o Londrina na última quarta (28/03), vem apresentando um futebol que, em decorrência da limitação do elenco, surpreende — afinal, nenhuma derrota no ano deve significar alguma coisa, certo?
Para entender melhor como funciona o time do Atlético no ano de 2018, precisamos separar o time em dois (isso mesmo). O time ‘Aspirantes’, cujo jogadores pertencem ao sub-23 da equipe, comandado por Tiago Nunes e joga somente pelo Campeonato Paranaense, enquanto o time principal comandado por Fernando Diniz joga, por enquanto, a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana.
Ambos os técnicos possuem estilos de jogos semelhantes, então, é provável que, quando um dos elencos precise de jogadores do outro a mudança não será sentida e o estilo de jogo não será afetado.
Diniz prioriza um futebol ofensivo e que se intensifica quando há a necessidade maior de controle de jogo, congestionando o meio campo através da formação 3–4–3 ou 5–4–1, deixando o adversário acuado.
Como dito, o clube tem se caracterizado pelo uso dos garotos da base (Aspirantes) e entre eles, nomes como João Pedro, Matheus Anjos e Bruno Guimarães vão aparecendo com maior evidência pelo futebol jogado, no entanto, dificilmente aparecerão em campocontra o São Paulo. E para ajudar Fernando Diniz a triunfar dentro e fora de sua casa, Carleto, Wanderson, Jhonatan e Raphael Veiga estão de volta ao elenco para agregar experiência e habilidade ao time.
Ambos os times farão um bom uso do 'fator casa'. O Atlético-PR usará ao seu favor para garantir que a invencibilidade continue e se pudermos colocar um adendo… o São Paulo não ganha na Arena da Baixada há 35 anos. Sabemos que, qualquer retrospecto fica fora de campo ao apitar do juiz, mas nada como uma superstição a favor da torcida paranaense. E vale o mesmo para o Atlético, que sempre teve grandíssima dificuldade para vencer o Tricolor no Morumbi.
O São Paulo, por sua vez, vê os confrontos de ida e volta, respectivamente, como a chance de conquistar definitivamente o torcedor, afinal, vê pela frente o Atlético-PR e em seguida o Rosário Central, pela Copa Sul-Americana. Engatar uma vitória atrás de outra é quase que essencial e obrigatório para que o time paulistano consiga, de vez, a confiança que precisa do torcedor e, acima de tudo, de si mesmo.
Colaboração: Amanda Allebrandt, Guilherme Jaremtchuk e Douglas Ribas