análise semiótica de cartaz

maria eduarda espíndola
SEMIÓTICA // turma 2018.2
3 min readMay 20, 2019

O cartaz escolhido por mim para a atividade pedida foi o de Gabriel Voss, do grupo Wings.

A atividade consistiu em escolher um cartaz feito por um colega de classe para cadeira de Representação Visual e o analisar semioticamente. A análise se divide em três partes:

  • Contemplação, que seria de fato observar a obra sem nenhum tipo de julgamento ou concepção prévia;
  • Descriminação, relatando o que há no cartaz: elementos, formas, cores…
  • Interpretar, que de fato seria o significado que atribuí ao cartaz após essas duas fases.

O cartaz é dividido em sua maioria por dois blocos de cores, marrom e azul. na parte azul, letras em azul claro estão em evidência e dispostas de maneira que formam palavras, mas ainda sim com uma leve desorganização. Ainda no bloco azul, colado com o bloco marrom tem vários recortes irregulares retangulares e alguns meio triangulares pretos com pontos amarelos e brancos. No bloco marrom, exatamente no meio há uma grande faixa preta que vai diminuindo do pé do cartaz até o começo do bloco azul, com uma linha pontilhada amarela no meio dessa faixa, que tem escalas diferentes e passam a quase desaparecer ao final da faixa preta. Aos lados dessa faixa, há alguns detalhes marrom escuro com pontos verdes colados a esses detalhes.

A palavra formada na parte azul do cartaz é “Conecte-se a mobilidade inteligente”. Na interpretação que atribuí ao cartaz, o azul é a parte que remete ao céu e o marrom a terra. A frase no céu lembram nuvens, como se de longe houvesse alguém pra olhar e dizer que a nuvem tem forma de algo, e nesse caso, seria a forma da frase. As palavras em tipografias diferentes parecem dar uma personalidade a cada palavra da frase, do “conecte-se” ao “inteligente”, as palavras foram ficando cada vez mais quadradas, o que parece dar uma força diferente a cada palavra dessa frase. Os quadrados pretos com pontos amarelos e brancos que estão no meio da frase remetem a prédios com janelas acesas, que dão uma impressão de que há pessoas ali, e estão em uma certa distância para dizer que se está chegando a algum lugar. A parte marrom seria a terra, e tem uma faixa cinza no meio que seria a estrada (com textura de asfalto). A estrada está em perspectiva e dá uma certa mobilidade ao cartaz, e dá uma ideia de que algo está no caminho para o centro, que apesar de estar visivelmente perto, ainda há um caminho a ser percorrido e perspectivas a serem observadas a medida que a cidade se aproxima. Ao ver o cartaz como um todo, senti como se alguém tivesse tirado uma foto no caminho para chegar a uma cidade que se sonha ou que se deseja chegar e conhecer pela primeira vez, e que no momento que isso foi capturado, as nuvens pareciam ter formato de frase e há a euforia de “ainda há um caminho pela frente, mas estamos quase lá”.

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