A estética afrofuturista de Dirty Computer

Tatiana Kulmann
Artes Visuais B
Published in
2 min readJul 6, 2021

“É um termo que permite a nós como pessoas negras nos ver no futuro e saber que conseguimos chegar lá, saber que nós não seremos os primeiros a sumir quando algo der errado.” Janelle Monáe.

Dirty Computer é o terceiro álbum de estúdio da cantora estadunidense Janelle Monáe, que aborda o temas como racismo, feminismo, empoderamento e sexualidade dentro de uma estética afro futurista.

O álbum de Monáe recebeu um filme conceitual que narra a história da personagem Jane, que vive em um futuro onde acompanhamos suas memórias. A estética criada para o álbum é incrivelmente bonita, apresentando elementos da cultura negra de uma forma única e muito bem elaborada esteticamente, com uma fotografia estonteante e figurinos, cabelos e maquiagem sempre complementando a imersão no ambiente do filme.

O filme conta a história da personagem Jane 57821 e sua jornada onde enfrenta uma sociedade restritiva que trata as pessoas que não seguem suas regras como “sujas”, que possui uma crença homofóbica, machista e racista, onde os que celebram sua sexualidade, corpo e origens são tratados como criminosos e tem suas memórias apagadas.

A estética de Dirty Computer é repleta de tons e elementos relacionados ao futuro, como branco, cinza e prateado. Na imagem ao lado podemos ver como estes elementos foram incorporados a elementos da cultura afro como nos cabelos e maquiagens usados pela personagem de Janelle ao decorrer do filme.

Dirty Computer é definitivamente uma obra que merece ser mais reconhecida pelo público geral, seja pela mensagem que passa, por sua estética muito bem elaborada ou simplesmente para apreciar o estilo musical apresentado por Janelle Monáe.

--

--