Como utilizar o Design Thinking no RH

Gabriela Mais
Senior Sistemas
Published in
3 min readSep 20, 2017

Durante o CONARH 2017, a Senior levou uma experiência de Design Thinking para que visitantes e congressistas pudessem vivenciar um pouco do que o método pode fazer e como é importante utilizá-lo em RH.

Durante a palestra sobre o tema, os User Experience Designers Alexandre Campos Filho e Antonielli Cogo explicaram que o Design Thinking não é uma ferramenta rígida e sistemática como estamos acostumados no dia a dia dos processos de Recursos Humanos. Ele é um novo jeito de pensar a solução dos problemas. Uma mudança de comportamento que acontece de forma flexível, criativa, colaborativa e com foco nas pessoas.

O Design Thinking é composto por três pilares: pessoas, que manifestam o desejo de mudança ou melhoria; negócios, as empresas que viabilizam esses desejos; técnicas, recursos que possibilitam as ações

Quando se precisa resolver um determinado problema, é raro que todos envolvidos (como os usuários finais por exemplo) participem de todo processo de construção da solução.

O Design Thinking chega para transformar esse sistema de “fazer para as pessoas” em “fazer com as pessoas”, cita Antonielli.

Esta transformação ocorre por meio de novas práticas, onde todos os envolvidos participam do processo e são formadores de opinião, sendo elas:

- Empatia
- Colaboração
- Experimentação

Para que esse processo seja linear e o resultado satisfatório é necessário entender qual é o problema e definir o que os objetivos. Com essa proposta de valor, é hora da construção, que consiste em colocar as ideias em prática (podem ser ferramentas, planos de ação, documentos, etc.). Para finalizar, passamos pela etapa de entrega e validação, que consiste em consultar todos os participantes desse processo para avaliar o resultado e experimentar.

Mais do que abordagem, o Design Thinking funciona com as perguntas feitas do jeito certo, explica Alexandre.

E por que devemos considerar o Design Thinking para RH?

Apenas o fato de ser este o setor da empresa que mais interage com pessoas e melhor conhece os colaboradores, já mostra porque se deve considerar as técnicas de Design Thinking na gestão.

Diante dessa premissa, a Senior utilizou o Design Thinking como ferramenta para tornar mais eficiente a Gestão de Pessoas e com o objetivo de promover melhoria contínua e maturidade no processo. Ao mapear quais eram as pessoas envolvidas no processo, houve a necessidade de incorporar colaboradores de áreas que não conversavam internamente. A expansão englobou as áreas de recrutamento e seleção, processos de gestão de consultoria, de carreira e remuneração e de capacitação interna.

Com essa comunicação alinhada, foram realizadas pesquisas de mercado, entrevistas com analistas e gestores para explorar o problema e ter insights para melhorias. Ao definir o valor que deveria ser entregue, todos os envolvidos se reuniram para um brainstorm e analisaram o que era interessante implementar e em quanto tempo poderia ser feito.

Para o workshop interno participaram: Consultoria Interna, Carreira e Remuneração, Capacitação Interna , Adm. De Pessoal e Recrutamento e Seleção. A atividade foi realizada em dupla seguindo a lógica de exploração do problema, brainstorming, pesquisa e análise de viabilidade. Toda a estrutura foi validada com a coordenação da Gestão de Pessoas. Com a ajuda de todos, o objetivo foi cumprido.

Vídeo do making of dos workshops de Design Thinking no CONARH 2017.

Ao utilizar o Design Thinking na Senior, o resultado desejado é que todos os envolvidos no processo possam reconhecer a ferramenta de gestão, revisitar os processos internos de acordo com as necessidades, proporcionar evolução do sistema, que a ferramenta contribua para a evolução de cada persona (profissional e pessoal) e que exista ainda mais conexão entre um processo e outro, fazendo sentido para todo mundo.

Lembre-se: a inteligência do grupo sempre vai ser maior que a inteligência do indivíduo.

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