Storytelling com dados

Andresa Lunardelli
Senior Sistemas
Published in
4 min readSep 29, 2022

Compartilhando a experiência de apresentar mais uma vez no UX Academy de Research na Senior sistemas, dessa vez sobre storytelling com dados em dupla com o Moacir Zimermann Junior.

Seguindo os principais conceitos do livro, Storytelling com dados da Cole podemos entender na prática como aplicar em apresentações.

Em conjunto nós construímos esse compilado de informações que podem te ajudar enquanto você ainda não leu o livro.

Entenda o público:

  • Saber para quem você está se comunicando
  • Análise exploratória x explanatória
  • História de 3 minutos
  • A Grande Ideia

O processo de storytelling começa com a análise do seu público. É muito importante saber a quem o seu conteúdo vai ser direcionado. Isso vai definir a sua abordagem, como os dados serão apresentados e como você vai cativar e fazer melhor uso da atenção do seu público.

Direcionar a apresentação a um público específico, implica se apresentação precisa ser mais formal ou mais descontraída. Se você não tem um grande foco, isso é preocupante. Também é importante pensar quais informações são valiosas pro seu público nessa perspectiva.

É muito difícil agradar todo mundo e se tentarmos fazer isso, muita coisa vai se dispersar. Um exemplo são as propagandas em outdoor, não é sempre que vai funcionar, quantas pessoas vão passar, mas sem o engajamento necessário.

Escolha uma apresentação visual adequada:

  • Escolha da forma de apresentar os dados

Uma vez conhecido o destinatário de sua mensagem, vem a parte de compreender o contexto. Interpretar as informações que você tem — pesquisas qualitativas ou quantitativas, por exemplo — para saber como elas podem ser usadas a fim de contribuir na narrativa para validar ou invalidar o trabalho.

Ser estratégico no uso dos gráficos e trazer a melhor percepção sobre o problema. É importante lembrar sempre que o foco está no problema e não apenas em expor todos os dados possíveis. Confesso que muitas vezes prefiro a exibição dos dados apenas com o número e porcentagem grandes e a descrição abaixo.

Quando você tem apenas um número ou dois para apresentar, um texto simples pode ser a opção mais indicada. As tabelas são indicadas para organizar dados em grupos, mas devem ser evitadas em apresentações ao vivo.

Um mapa de calor permite destacar dados “misturados” em uma tabela utilizando cores para relacioná-los. Já os gráficos permitem utilizar o nosso sistema visual para processar as informações, o que, normalmente, é mais rápido e intuitivo.

Elimine a saturação:

  • Identificar saturação e removê-la
  • Princípios de Gestalt

Utilize os princípios da Gestalt para deixar os slides visualmente mais agradáveis, deixando apenas o essencial.

O conteúdo que não acrescenta valor informativo é saturação e deve ser removido dos visuais para garantir que a carga cognitiva seja menor ao usuário e que ele possa atentar-se apenas ao que é necessário.

São exemplos: as bordas de um gráfico, linhas de grade e marcadores de dados. Lembre-se que saturação depende de contexto.

Foque a atenção no que você deseja:

  • Utilizar os atributos pré-atentivos
  • Cor, tamanho, posição, etc

Direcione a atenção do público para o que realmente deseja. O processo de interpretar os dados coletados antes de atribuir a ele uma aplicação, a fim de resumir as características e permitir uma visão mais macro do conteúdo é conhecido como análise exploratória.

O conjunto de dados, após passar pela análise exploratória, organizado a fim de transformá-lo em informação aplicada ao contexto, é chamado de análise explanatória.

É importante que o seu público conheça apenas a análise explanatória. Ele não precisa saber de todos os dados coletados e como foi o processo para “minerar” os dados até chegar no conteúdo final que de fato vai ser útil para a sua história.

Pense como um designer:

  • Affordances visuais
  • Repetição dos padrões
  • Diminuir a complexidade

Uma apresentação precisa trazer clareza e cumprir o seu objetivo.

Já para garantir um maior envolvimento e compreensão do usuário para o que está sendo apresentado, fazemos uso de padrões alcançados com o reconhecimento das estratégias de design empregadas, normalmente obtidas com a repetição dos padrões.

Utilize padrões visuais para não causar estranhamento, seguindo o mesmo alinhamento, tamanho do título, corpo dos slides e cores na hora de informar alguma mensagem.

Deixar os designs o menos complexo possível, esteticamente atraente e garantir acessibilidade aumenta a tolerância do público a problemas.

Conte uma história:

  • Início, meio e fim
  • Conflitos e tensão

Faça uma história que tenha começo, meio e fim. Além disso, é importante expor os problemas e conflitos.

Esses foram alguns aprendizados sobre storytelling com dados. Comece pensando pra quem você vai apresentar, entenda os dados que você possui e como vai contar essa história e depois elimine todo o desnecessário.

Assim você pode focar em evidenciar o que realmente importa. Finalize checando os padrões visuais da apresentação e reforçando a mensagem da história.

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Andresa Lunardelli
Senior Sistemas

Especialista em Marketing Digital, Publicitária apaixonada por planejamento e escrita. Aprendendo todos os dias sobre UX/UI Design.