Co-criando o roadmap de produto

Ana Tofol
Serasa
Published in
4 min readApr 29, 2019

Todo início de ano fiscal, passamos por uma etapa de repasse dos objetivos e principais entregas de produtos, onde os times de desenvolvimento recebem um direcionamento com as demandas almejadas para desenvolver. Desta vez mudamos a metodologia e decidimos fazer isso de forma colaborativa.

Essa ideia surgiu da necessidade de ter todo o time engajado e alinhado com os objetivos, pois trabalhando com times remotos, em Blumenau e São Paulo, ocorrem alguns desalinhamentos que podem ser evitados se todos estiverem cientes dos objetivos e do que está negociado.

Vimos este momento como a oportunidade para todos se conhecerem fisicamente. Sabemos que a tecnologia auxilia na aproximação, facilita o contato e estreita a relação entre pessoas.

Vou contar como tudo aconteceu, da organização e dinâmica ao resultado.

Planejamento

Esta etapa foi fundamental para manter o alinhamento com a liderança, definir os papeis durante a execução da dinâmica e garantir que conseguiríamos realizar todas as atividades para alcançar nossos objetivos. Além de mapear equipamentos e materiais que seriam necessários para cada etapa.

Desenhamos e redesenhamos o planejamento várias vezes, estimando tempo para cada etapa da dinâmica, reservando horários de pausa para café, almoço, happy hour e para um feedback do workshop.

É importante montar vários cenários para estar preparado para imprevistos, pois eles acontecem.

Alinhamento de objetivos

Nesta dinâmica, nosso foco foi alinhar as situações atuais do produto, e finalizar os dois dias com uma lista de atividades chave priorizada, que se tornaria o nosso roadmap guia e, consequentemente, nosso planejamento estratégico.

O problema

Apresentamos o histórico do produto, os resultados financeiros e as expectativas de crescimento para o próximo ano fiscal.

Algumas das visões são enviadas semanalmente para acompanhamento, mas entendemos que focar nestes dados cruzando-os com a jornada de usuário é uma forma de tangibilizar para o time o impacto das ações.

Com os problemas em foco, abrimos para o time debater e acrescentar pontos que entendem que seriam um diferencial para o produto.

Geração de ideias

Definidas as etapas, dividimos equipes para ficarem responsáveis pela ideação de cada fase da jornada. Cada grupo era composto por desenvolvedores, designers, analistas de dados e de produtos para garantir uma discussão equilibrada.

Na etapa de geração de ideias, cada time discutiu soluções para os problemas. Caso a ideia interferisse em outras etapas, deveriam alinhar com os demais grupos. Todas as sugestões eram válidas, e neste momento a instrução era não se limitar a solução técnica, e sim a solução dos problemas.

Geração de ideias no nosso QG

Apresentação das ideias

Após a geração de ideias, os times tiveram alguns minutos para ponderar e preparar uma apresentação para o time.

Cada equipe teve 10 minutos que poderiam ser divididos da melhor forma para o time. Todos realizaram a apresentação, defenderam o seus pontos, receberam os feedbacks e geramos novas ideias.

Revisão das ideias

Depois de apresentar, era necessário revisar as ideias criadas, adicionar os pontos de feedback, explicar melhor o que gerou dúvida e adicionar as novas sugestões que surgiram durante a apresentação. Para isso usamos o “Insight Card” como forma de registrar e evoluir.

Modelo de Insight Card

Definição de pesos

Com as ideias formatadas, o próximo passo foi dar peso para cada uma delas. Essa informação é importante na hora da priorização, e a multidisciplinaridade das equipes garantiu uma discussão equilibrando todos os aspectos do produto.

Nessa etapa os grupos avaliaram todas as sugestões geradas através dos seguintes critérios:

  • Relevância de negócio (quão relevante esta ideia é para este tipo de produto, ou para a evolução do produto/categoria);
  • Impacto em receita (quanto esta ideia pode impactar na receita);
  • Experiência do usuário (quanto esta ideia impacta na experiência e satisfação do usuário);
  • Esforço de execução (quanto de esforço é necessário para concretizar esta ideia);

Definição de priorização

A última etapa do planejamento foi realizar a priorização das atividades. Chegamos na fase de ponderar o impacto em negócio e esforço de realização, e a provação para o time foi: " Você é gerente do produto e tem 3 cheques para gastar, Onde você investiria seu dinheiro?"

Este processo de priorização nos ajuda a entender quais das ideias geradas vão influenciar efetivamente a evolução do produto, visualizar dependências e apoiar o PO na realização do roadmap.

Para finalizar a dinâmica, cada time apresentou os itens que foram mais votados. Assim, todos sabem os pontos mais relevantes para o produto.

O que aprendemos com esta dinâmica

Foram dois dias intensos de trabalho e discussão sobre o futuro do produto, sobre o nosso planejamento estratégico e, também, de um forte alinhamento com o time.

O principal reflexo desta atividade está na conscientização de que todos somos donos do produto e influenciamos nos resultados. É possível perceber a melhora no engajamento do time e a preocupação em garantir que o que foi definido será discutido, se está alinhado com as metas e com as adaptações que são necessárias no decorrer do caminho.

Time Serasa eCred após workshop de planejamento

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Até breve…

Ana Carolina de Tofol Correa | UX

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