SEOL #4 — Agente da morte
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1 min readSep 26, 2017
A vida quanto vida nunca me foi deveras vivida
Vida quanto palavra e escrita, a mim nunca fora entendida
Passava dias, passava tempo, passava vida e a minha vida continuava contida
A morte quanto morte me foi deveras vivida
Nem mesmo o tempo nem mesmo os dias agora me continham
Em vida não tinha o milésimo do entendimento que na morte agora vivia
Agora vivo na morte o que deveria ter vivido na vida
Sou um agente da morte, e na morte trago vida
E tenho agora na morte o amor que jamais teria em vida
Entendo a vida e a morte, e pra quem não entende viva
Pois a morte vivida é mais morte que vida
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