Todos os dias é a mesma confusão nos terminais e dentro do transporte coletivo: falta de respeito às filas e aos assentos de uso preferencial. Toda manhã presencio a mesma situação desgastante.
Desde de 2018 passou a vigorar em Florianópolis a LC 640/2018 que determina TODOS os assentos do Transporte Público como de uso preferencial. Mesmo assim, ainda tem pessoas que pensam que somente os bancos amarelos, na parte da frente do veículo, são de uso preferencial.
Inclusive, muitos motoristas — e quando tem — cobradores, orientam os passageiros dessa forma. Uma falha tanto dos trabalhadores do transporte público, por desconhecerem a lei que está estampada nos vidros do transporte, quanto da empresa que não orienta seus colaboradores da maneira correta.
Muita gente bate o pé e discute, principalmente com idosos e gestantes, que tentam reivindicar esse direito dentro do ônibus. Alguns motoristas — cidadãos de valor, eu diria — ameaçam impedir de continuar o trajeto até que alguém ceda lugar àqueles que têm, por força de lei, o direito a prioridade e uso preferencial dos assentos. Infelizmente, não é o caso da maioria que simplesmente tira o corpo fora alegando não poder fazer nada a respeito.
Me pergunto: Que tempos são esses? Tempos sombrios em que temos que defender o óbvio!? Uma situação dessas não deveria precisar existir uma lei. É uma questão ÉTICA! Ética e vergonha na cara, como diria os educadores Clóvis de Barros Filho e Mário Sérgio Cortella. Da mesma forma, como respeitar as filas, que tem gente que jura que a culpa é do motorista por ter aberto as duas portas de trás do veículo ao invés de uma só. A culpa é dos maus-caracteres, antissociais e, principalmente, dos omissos que se calam.
Sobre os assentos: não me venha querer tentar justificar o injustificável para não ceder o teu lugar - se tu não tá doente, mão ou o pé pisado, pra mim tu és um boca mole, PONTO.
Idosos, gestantes, obesos, pessoas com deficiência física, mental, visual ou mobilidade reduzida e pessoas com crianças de colo, por serem ou estarem mais vulneráveis ao permanecer em pé ao longo do trajeto do veículo, merecem o cuidado e a proteção de todos os demais. Isso é bom senso, civil e humano. É um dever de todos! Como cidadão, como patriota!
Onde estão os Esquerdistas e Direitistas?
Tivemos uma eleição dividida e conturbada no ano passado. É nítido que as pessoas estão se envolvendo e falando mais de política, do que é melhor, mais certo e errado; sobre seus direitos e deveres… e vejo isso como algo muito positivo, no entanto, se isso só se aplicar às redes sociais e, do lado de fora, no mundo real não houver aplicabilidade e mobilização, o discurso não passa de HIPOCRISIA.
Nas últimas eleições muito se falou em moralidade. Na verdade, quase não se falou em política, mas sim, sobre a construção de um Brasil mais moral pela via progressista ou por uma via conservadora.
Cansei de me perguntar onde estão esses progressistas da esquerda e os conservadores da direita. Porque dentro do ônibus não existe um.
“Cadê os esquerdas progressistas defendendo e/ou garantindo o direito do aposentado, que contribuiu a vida toda para a Previdência Social, e tem o seu direito nesse momento usurpado? Onde está a esquerda progressistas defendendo e/ou garantindo o direito das mulheres grávidas, que somente em 1988 garantiu sua estabilidade e o impedimento de sua demissão após sua licença maternidade, e agora não tem o direito respeitado de sentar no banco por parte da sociedade…?”
“Onde está a direita conservadora dos antigos e bons costumes de cuidado e respeito aos mais velhos defendendo e garantindo esse direito? Cadê a direita conservadora, do cuidado e proteção das mulheres, principalmente daquelas que carregam no ventre a semente sagrada da vida?”
Olho para um lado, olho para o outro, e naquele momento, não existe uma alma para ceder o lugar em nome dos direitos sociais, da moral e dos bons costumes.
Enquanto isso na internet compartilham frases inspiradoras sobre união e coletividade, salmos e versículos bíblicos com mensagem de paz, amor e união… mas me diga: você acredita no que acredita por princípio ou é apenas um hobby?
Onde está a atitude daquilo que você acredita em seu dia-a-dia? Somente existe no mundo das ideias? No mundo (dis)simulado das redes sociais?
Se nas pequenas atitudes você não demonstra o que acredita, meu querido, acredita mesmo que desse jeito é capaz de mudar o mundo?
Se tu diz…
- L. 10.048/2000 (Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências)
- LC 640/2018 (incluí o art. 48-B na Lei Complementar nº 34, de 1999)
