As Traças Famintas ou Simplesmente a Fúria
A audiência devora seus ídolos vivos
E ninguém aparece para a missa de sétimo dia
Desde então, todos os dias nascidos com urgência
Tem sido absorvidos como um vinagre cristalizado
Todos odeiam abutres assistindo vidas e confabulando
O que foi? Há muitos corpos para tuas garras?
Poupe-se e delegue as funções da pesagem de estatísticas
Há muito sangue em suas penas fundidas com petróleo
O organismo-anfitrião chorando lágrimas de cera
Perfeccionismo e autodestruição. Implora para a heresia
Mas ela não é mais uma força disruptiva deste embate
A dicotomia de uma América se desfazendo em cinzas
A casa sempre vence a valsa dos cílios
Merci pour ton poison, merci pour ton théâtre
Agradeço o esforço da sua arquitetura-fantasia
A casa sempre vencerá os infortúnios da estética
O que será de você quando cuspirem a imagem da tua mediocridade?
Pães que não valem suas mordidas específicas
Costumes tão voltadas as espirais discursivas
Tão desejadas pela textura de beijos em superfícies ralas
Espero que a digestão lhe seja breve, meu querido menino-cassino
A tragédia mitificada diariamente aos nossos olhos-colecionáveis
A substancia que escorre dos olhos, um punhado de pólvora siliconada
Ao entrar em contato com a pele, saltam criaturas se alimentando da idade
Há um espetáculo irresponsável vagando desgovernado entre nós
Hefesto concretiza vieses de laboratórios clandestinos e atos mímicos
Qual sua fascinação com as câmeras, desejo rubricável de Daiana?
Há um fato de todos odiarem citações erguidas à cigarras
Apontar fantasmas, abatê-los como caça
Rapta-los a luz do dia, difama-los em porões
Instrumentaliza-los ao inconveniente
E por fim, convence-los a aceitar todo rancor…