Calmamente, Apresenta-se: A Lança de Ecrã
Sou-lhes o pecado da falcatrua
Sou-lhes caça, flecha e a lua
Sou-lhes o sacrífico do cervo envelhecido
Sou-lhes a entidade que traz fome no solstício
Meu sangue é neon
E outros licores são outros licores
Poderá performar quantos Duchamps quiseres
E sempre será o vinagre do meio dia
Pena da minha carne sacrifício
Com textura de tornozelo
Verte-se em zoológico
Transcorrendo esse ímpeto
Meus medos contam com a tua ênfase
A constância passional que o amor me causou
Meu mal tão abutre quanto meu bem
Um carnaval violento para dentro da boca
Eu erro com calma, escolho minha face
Escondo meu corpo do mundo, escolto teus olhos
Para o precipício presente em meus instantes
Perpetuo fielmente os agentes entre vitrines
Antes de engolir borboletas, deve-se grampeá-las
Inventá-las ao pé do ouvido da reza homeopática
As bulas desta capacidade são inventivas-festivas
Tudo servirá ao altar e a exaustão física da euforia
Cada olhar teu me atravessa como lâmina
Atinge o espírito, reinterpreta tua própria imagem
Em mim, meu próprio delírio derrete-se
A cada duas horas e nasce cada vez mais pesado
O fascínio noturno é um pai
Talheres são espelhos e convites ao encanto
Você comete o equívoco de seus ancestrais
Reunidos em torno de vozes, escolherão as mandíbulas…