Delfos, Parte II
Nutrir os artifício das luas
Estender o braço para alcança-las
É um ato que repito justamente
Para que te encontre no meio do caminho
Beirar o alumínio das frutas
É ríspido como a experiência
Que percorre toda a minha esperança
E se deita reluzindo âncoras no pescoço
Desfrutei sozinho de cada centelha
Pela noite, eu lhe sinto mais presente
A cada carícia que me é aceita
Eu vislumbro teus dedos por costume
A pureza colhida em tal compulsão
Me esvazia de todas as vaidades
Eu rezo com toda a implicância
Para a maré alta dos meus olhos me levar até você
Eu desaparecia todas as vezes
E quebrava todas as promessas
Confinadas pelos cílios
Para dançar um tango farto
Desabrochar uma única gota dessa brasa
Em meus pés amaldiçoados
Ainda são capazes de girar as hélices
Da ilusão que fiz ruir com os dentes
Clamei teu toque e teu nome
Atraí todas as simpatias
Abri o estômago de santos de plástico
Troquei regularmente a água daquele copo
Enfim, visitado por beija-flores
Eu me vi reflexo dos seus atos
Ao acreditarem nas ilusões maleáveis
Aquelas mentiras dóceis que escapam da gente…
