Paladar Prévio/Porvir Neutro
O artifício futuro arrancado
Do fundo do baú embaixo das unhas
A próxima primavera será sediada
Aos antagonismos dentro do caput
O pesar ouve testemunhas
O pesar dança sem música
Altruísta, tece limites
Que são territórios passionais
O metal erradicado da boca
A violência contenta-se com o minhas promessas
O olhar caolho canta o delírio a voyeurs
Deverão devotar crença em suas palavras
Erguer a deriva presença
Em um auto que atravessa vitórias
A tecnologia frauda o fracasso
Simplificando-o em idiomas binários
Este monumento tens a indefinição como guia
As catedrais são industrias e modalidade esportiva
Oficializando o idioma de abóboras
Antes da meia-noite, me leve à Medusa
Em seu pés, confabularei atos heroicos,
Um perdão e as desfeitas desta ceia
Amontoado de gostos embaixo da língua
Pílulas que ainda não foram dissolvidas
Erro países por dias, entoo bandeiras por dúzias
Troco pétalas derivadas das frestas dos dedos
Pela mais possessiva comunhão, meu próprio corpo
Uma dádiva para ancorarem palpitações
Todo sonho é desassossegado
A beleza dos autos se esvaem
Se há telas umedecidas
Derretendo espinhos de prata