Imagem de um homem de óculos, cabelo curto castanho e casaco marrom mexendo no celular. Desse celular sobe um balão com um sinal de um polegar pra cima, ilustrando uma experiência positiva.

Experiência top com chatbot: temos!

Descubra porque evolução constante e empatia são um dos segredos para atendimento com excelência por meio de chatbots.

Andressa Bandeira
SicrediDesign
Published in
4 min readNov 19, 2021

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Ao interagir com chatbot (assistente virtual), uma das primeiras experiências que você terá contato é com o design dos diálogos.

Pode parecer simples, mas a construção de uma jornada conversacional é cheia de detalhes que vão desde a escolha das palavras até a estratégia de arquitetura da informação.

O maior objetivo de profissionais de UX Design que atuam com chatbot é proporcionar um atendimento fluído, que faça quem está interagindo e recebendo o atendimento ter uma experiência tão leve e agradável, que nem perceba que está falando com atendimento automatizado, e até mesmo tendo a impressão de que está conversando com outra pessoa.

Imagem de um homem negro com cabelo curto preto, camisa de manga curta azul e calça bege, sentado num sofá da mesma cor da calça e mexendo num notebook posicionado em cima de uma mesa baixa em frente ao homem. No alto da imagem tem uma frase "como fazer isso?".

Quando se trata de atendimento automatizado através de uma interface conversacional, a experiência se reduz a algumas linhas de texto disponíveis na tela. A conversa promovida entre humano e chatbot é um dos principais fatores que faz com que a experiência seja boa ou ruim.

É claro que não é responsabilidade apenas da pessoa UX Designer, mas ela precisa ser envolvida desde o início nos processos, junto com as áreas de atendimento, negócio, POs, equipes que fazem a curadoria de conteúdo (que é quando os diálogos são analisados e categorizados) até a etapa final, com profissionais de desenvolvimento que colocam tudo o que foi desenhado em prática, validando e ajustando sempre que for necessário (Devs, me perdoem).

Nós, UX Designers, precisamos ser pessoas neutras.

Imagem de uma mulher de cabelos longos e castanhos e um homem de cabelo curto e óculos. Os dois estão sentados lado a lado com expressão sorridente. Cada um possui um notebook em sua frente posicionado em cima de uma mesa.

Ter uma visão de fora facilita fazer as perguntas estratégicas que fazem a diferença nas jornadas criadas, pois, assim, é possível evitar falhas de contexto no atendimento e no diálogo.

Sendo envolvidos nos processos, conseguimos entender muitas coisas que são essenciais.

A começar pela curadoria de conteúdo, onde é possível ver a necessidade de atendimento das pessoas que buscam o chat, se foram atendidas e se ficaram satisfeitas ou não. Também é um ótimo local para entender a forma como se comunicam, linguagem utilizada, comportamento e abreviações de escrita, por exemplo (Alô, UX Writers!).

Mas as percepções que forem extraídas nesse momento, por mais completas que pareçam ser, ainda são um pouco superficiais.

Para aprofundar, é necessário conversar com essas pessoas, pois isso faz com que seja possível identificar o sentimento real em um determinado momento de atendimento, permitindo conhecer melhor o público com quem nos comunicamos através de um robô, porque isso, sem dúvidas, é um dos principais pontos para entregar uma boa experiência.

Com as pesquisas e percepções estruturadas, é possível começar a lapidar a escrita dos diálogos, porque, a partir disso, será possível saber não só o quê, mas como responder.

Como dito no início, o texto é o primeiro ponto de contato com chatbot (e em qualquer outra plataforma de comunicação e autoatendimento, claro) e precisa estar bem estruturado. É nesse momento em que as análises precisam ser utilizadas, além da aplicação de boas práticas de UX Writing.

Ilustração de um mini fluxograma com 3 quadrados. O primeiro posicionado acima dos outros dois, e possui uma ilustração de um coração. Logo abaixo é ligado por dois quadrados posicionados lado a lado. O da esquerda possui uma ilustração com uma estrela e o da direita uma lâmpada.

Da etapa de descoberta ao desenho da jornada e protótipo conversacional, é importante se atentar às necessidades do público e aos fatores de sentimento citados anteriormente.

Nesse momento entra a validação, ou o famoso teste de usabilidade, quando são coletadas as percepções de quem utiliza.

Com essa ferramenta, é possível verificar se o que foi construído está condizente com a realidade de quem vai utilizar. Assim conseguimos, antes da entrega final, ver quais são os pontos positivos e os que precisam ser melhorados para entregar uma boa experiência, como qualquer outro teste de usabilidade.

A diferença é que em teste de usabilidade de chatbot precisamos dar mais foco para o entendimento, tanto da pessoa usuária sobre o que foi respondido, quanto do bot sobre o que a pessoa quis perguntar. É preciso estar condizente e de fácil compreensão, levando em consideração o momento da jornada daquela pessoa que está sendo atendida.

Promover uma boa experiência está longe de ser um trabalho com início, meio e fim.

Depois de toda a pesquisa feita, desenho da jornada, definição dos textos, protótipo e validação com pessoas usuárias, o ciclo se reinicia com o acompanhamento da curadoria, novas pesquisas, análises de diálogos e validações para identificação de melhorias.

O ponto principal é saber que nada no seu bot está totalmente pronto. Reconhecendo isso, você sempre saberá o que precisa melhorar.

No Sicredi, todo nosso time de UX sabe que precisamos melhorar diariamente nossos produtos para mantermos a excelência no atendimento ao nosso público associado. Evolução constante é essencial para quem trabalha com design no Sicredi.

Eu sou a Andressa, UX Writer no Sicredi, e vou adorar ler seus comentários sobre esse artigo, dúvidas sobre UX ou sobre o dia a dia do nosso time.

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Andressa Bandeira
SicrediDesign

Content designer no Sicredi e professora da disciplina de UX Writing na PUCRS.