Segurança para UX no SiDi

Uma conversa com o designer Guilherme de Almeida

SiDi Design
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4 min readApr 28, 2023

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Essa é uma continuação sobre as áreas de especialização dentro da equipe de design no SiDi. Hoje, conheceremos mais sobre segurança com o designer Guilherme de Almeida.

Segurança para UX dentro do SiDi. Imagem: Caio Provasi

O que você mais aprendeu durante os estudos sobre Segurança para UX design no SiDi?

Guilherme de Almeida — Que segurança vai muito além daquilo que podemos ver, é uma área que muda e se atualiza diariamente, que está atenta a todos os casos que estão acontecendo no mundo e que precisa prever o que pode acontecer com brechas que foram encontradas e reportadas, mas ainda não consertadas.

Como UX Designers, também precisamos ter essa visão de como proteger o nosso usuário da maneira mais amigável possível sem tornar as tarefas chatas ou cheia de etapas, e até mesmo como comunicar de maneira amigável o que ele pode e não pode fazer e ainda educá-lo sobre sua própria segurança digital.

Como você aplicou as técnicas de Segurança para UX design no SiDi?

Guilherme de Almeida — Em projetos do SiDi temos um apelo de segurança muito forte, mas que normalmente não é muito pensado do lado dos usuários. Então a primeira etapa é analisar o que e como podemos melhorar a experiência de uso. Posteriormente, é estudado se podemos cortar ou simplificar etapas, mas mantendo a máxima segurança possível.

No final, faço uma análise do fluxo completo em busca de brechas em que o usuário poderia cometer erros, ou entregar dados sem consentimento, sem perceber que está fazendo isso.

Quais os maiores desafios encontrados para fazer Segurança para UX design? Como você consegue superá-los?

Guilherme de Almeida — Estar atualizado com certeza é o maior desafio, pois o que resolvemos hoje, pode já não estar válido amanhã. Então é uma luta constante para manter a integridade de nossos dados e usuários.

Posso citar também a dificuldade em aprovar novos métodos de segurança que seriam mais amigáveis ao usuário, em substituição de métodos tradicionais, mas que têm uma experiência ruim. Toda novidade é considerada um risco quando comparado a algo estabelecido que está funcionando até hoje e não apresenta brechas de seguranças.

O que você acha mais interessante sobre Segurança para UX design?

Guilherme de Almeida — Com certeza o poder da palavra e síntese, pois temos que dar instruções muito complexas para o usuário se manter seguro, mas ao mesmo tempo, ele não quer perder tempo. Então temos que pensar em cada possível erro (e ainda assim não conseguimos) para antecipar o que o usuário irá realizar, ou não, nas etapas necessárias.

Quando o fluxo é obrigatório, isso é mais fácil, mas quando é opcional, se torna desafiador pois a pessoa usuária precisa ser convencida.

Como você enxerga o futuro da Segurança para UX design?

Guilherme de Almeida — É uma área pouco explorada por UX, vejo que precisamos primeiramente mostrar aos profissionais o seu nível de importância assim como ocorreu com research e acessibilidade. Afinal, é uma das etapas do processo com alta importância, pois estamos falando de dados pessoais e possíveis prejuízos caso não seja levada a sério.

Como foi para você participar de um evento como o TDC?

Guilherme de Almeida — Apresentar no TDC é uma experiência incrível e um baita aprendizado, ali temos profissionais de todo o mercado nacional de UX e Desenvolvimento, você não está lá somente para ensinar, ou divulgar algo, mas sim para trocar, aprender e ser desafiado.

Guilherme apresentando remotamente no TDC sobre segurança

Se você pudesse dar uma dica para quem está iniciando os estudos em Segurança para UX design, qual seria?

Guilherme de Almeida — Converse com desenvolvedores e especialistas de segurança. Não tenha medo de perguntar, por mais que possa parecer óbvio, eu aprendi que nada é óbvio, pois nessa área em específico há infinitas possibilidades de caminhos e decisões. Então quanto mais você troca informação, mais conhecimento e experiência são agregados. Esse conhecimento pode responder uma pergunta no futuro, ou até mesmo resolver um desafio que estava muito difícil.

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