Segurança para UX no SiDi
Uma conversa com o designer Guilherme de Almeida
Essa é uma continuação sobre as áreas de especialização dentro da equipe de design no SiDi. Hoje, conheceremos mais sobre segurança com o designer Guilherme de Almeida.
O que você mais aprendeu durante os estudos sobre Segurança para UX design no SiDi?
Guilherme de Almeida — Que segurança vai muito além daquilo que podemos ver, é uma área que muda e se atualiza diariamente, que está atenta a todos os casos que estão acontecendo no mundo e que precisa prever o que pode acontecer com brechas que foram encontradas e reportadas, mas ainda não consertadas.
Como UX Designers, também precisamos ter essa visão de como proteger o nosso usuário da maneira mais amigável possível sem tornar as tarefas chatas ou cheia de etapas, e até mesmo como comunicar de maneira amigável o que ele pode e não pode fazer e ainda educá-lo sobre sua própria segurança digital.
Como você aplicou as técnicas de Segurança para UX design no SiDi?
Guilherme de Almeida — Em projetos do SiDi temos um apelo de segurança muito forte, mas que normalmente não é muito pensado do lado dos usuários. Então a primeira etapa é analisar o que e como podemos melhorar a experiência de uso. Posteriormente, é estudado se podemos cortar ou simplificar etapas, mas mantendo a máxima segurança possível.
No final, faço uma análise do fluxo completo em busca de brechas em que o usuário poderia cometer erros, ou entregar dados sem consentimento, sem perceber que está fazendo isso.
Quais os maiores desafios encontrados para fazer Segurança para UX design? Como você consegue superá-los?
Guilherme de Almeida — Estar atualizado com certeza é o maior desafio, pois o que resolvemos hoje, pode já não estar válido amanhã. Então é uma luta constante para manter a integridade de nossos dados e usuários.
Posso citar também a dificuldade em aprovar novos métodos de segurança que seriam mais amigáveis ao usuário, em substituição de métodos tradicionais, mas que têm uma experiência ruim. Toda novidade é considerada um risco quando comparado a algo estabelecido que está funcionando até hoje e não apresenta brechas de seguranças.
O que você acha mais interessante sobre Segurança para UX design?
Guilherme de Almeida — Com certeza o poder da palavra e síntese, pois temos que dar instruções muito complexas para o usuário se manter seguro, mas ao mesmo tempo, ele não quer perder tempo. Então temos que pensar em cada possível erro (e ainda assim não conseguimos) para antecipar o que o usuário irá realizar, ou não, nas etapas necessárias.
Quando o fluxo é obrigatório, isso é mais fácil, mas quando é opcional, se torna desafiador pois a pessoa usuária precisa ser convencida.
Como você enxerga o futuro da Segurança para UX design?
Guilherme de Almeida — É uma área pouco explorada por UX, vejo que precisamos primeiramente mostrar aos profissionais o seu nível de importância assim como ocorreu com research e acessibilidade. Afinal, é uma das etapas do processo com alta importância, pois estamos falando de dados pessoais e possíveis prejuízos caso não seja levada a sério.
Como foi para você participar de um evento como o TDC?
Guilherme de Almeida — Apresentar no TDC é uma experiência incrível e um baita aprendizado, ali temos profissionais de todo o mercado nacional de UX e Desenvolvimento, você não está lá somente para ensinar, ou divulgar algo, mas sim para trocar, aprender e ser desafiado.
Se você pudesse dar uma dica para quem está iniciando os estudos em Segurança para UX design, qual seria?
Guilherme de Almeida — Converse com desenvolvedores e especialistas de segurança. Não tenha medo de perguntar, por mais que possa parecer óbvio, eu aprendi que nada é óbvio, pois nessa área em específico há infinitas possibilidades de caminhos e decisões. Então quanto mais você troca informação, mais conhecimento e experiência são agregados. Esse conhecimento pode responder uma pergunta no futuro, ou até mesmo resolver um desafio que estava muito difícil.