Minha igreja não é platéia

Silas Klein
Vila Vera
Published in
2 min readSep 5, 2014

--

O mundo de hoje oferece diversas atrações prontas. Vamos a shows e assistimos filmes onde a história está definida e desenhada e só nós resta sentarmos e aguardarmos os finais felizes ou o inevitável encanto, que certamente virá após alguns minutos. Mas quero te dizer, igreja não é platéia.

Pelo menos não do jeito que as imaginamos hoje. Entenda, ao que parece, a palavra platéia significa “plano” e “largo” e eram onde os músicos gregos ficavam para participar dos eventos. Depois, platéia se transformou no lugar dos espectadores e passou a ser lugar de assistir, não de participar.

Mas com a igreja foi ao contrário. No início, era uma salinha pequena onde contavam e recontavam os atos de Jesus. Mas, você sabe, quem muito assiste, muito critica e muita confusão cria (Gn 11.1–9). Então Deus teve uma brilhante ideia, a transformar a igreja num lugar de participar, não assistir.

Foi então que Ele enviou seu Espírito Santo (At 2.1–21). E aí tudo mudou. Desde então, na igreja não cabem estrangeiros, pois todos viraram filhos (Rm 8.14–17), não há choro eterno, pois temos Consolador (Jo 14.8–17, 25–27) e a morte é só impulso à criação da vida eterna (Sl 104.24–35b).

Se você tem sido igreja pensando que sua função é assistir, cuidado! Esse jeito de ser igreja está fora de moda há dois mil anos! Com o Espírito Santo, devemos ser aquela platéia que participa. Por isso, levante de sua cadeira e comece a trabalhar nesse maravilhoso show que é a salvação de Jesus.

[Texto: Silas Klein, Maio de 2013 | Arte: Dorffmaster István, “Pentecostes”, 1782]

--

--

Silas Klein
Vila Vera

Um biblista/diretor de arte entre textos ancestrais, religião, arte e novas tecnologias.