5 coisas que aprendi como mãe cristã

Simonsen
Editora Simonsen
Published in
3 min readOct 28, 2016

Por Aline Brodbeck

De nada adianta termos o lar mais feliz do mundo nesta terra se não levarmos os que nele habitam para depois morar no céu. A família edificada em certas virtudes humanas, mas que não tem Cristo morando no lar, pode ter todas as alegrias, todas as conquistas, porém isso se perde. Não apenas os bens materiais passam, senão também as alegrias não edificadas em Cristo.

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem.” (Sl 126,1)

Ademais, mesmo essas alegrias passageiras podem tornar uma família feliz, só que não atingirão seu pleno potencial, que só se consegue pela ação da graça. A alegria natural é boa, mas não se compara à alegria de quem está em Jesus.

Manter Cristo no centro do lar, e não apenas como “mais um”, equivale a viver sob seu senhorio, a priorizar sua vontade sobre as nossas, a adotar sempre os critérios de Cristo e não os do mundo, “o pensamento de Cristo” (I Co 2,16) e não o pensamento politicamente correto ou da moda, e deixar que os seus mandamentos e o ensino da Igreja que Ele fundou e nos deixou como meio de salvação permeiem a nossa vida de modo integral. É dar a Jesus o controle de nossa vida inteira, oferecendo-lhe nossos pensamentos, palavras e obras, e esforçando-nos por nos transformar pela renovação do nosso espírito (cf. Rm 12,2).

Aqui estão cinco coisas que aprendi como mãe cristã:

  1. A TV não deve ficar no mesmo cômodo em que as crianças estejam brincando. Se for inevitável, deve permanecer desligada durante as brincadeiras, ao menos na maior parte do tempo (exceto, claro, se os adultos estiverem vendo um programa realmente importante, que não seja inadequado às crianças e for impossível brincar em outro quarto);
  2. As crianças devem ser ensinadas a amar livros e respeitá-los. O passeio com elas no shopping deve incluir uma livraria, não só lojas de brinquedos ou típicas de adultos. Devemos levá-los a elas, folhear os livros, deixar que manuseiem. Ainda que não compremos nada na ocasião, ao menos que elas escolham seus preferidos e desejem para uma data futura;
  3. As orações que as crianças devem fazer, com palavras espontâneas ou fórmulas, precisam ser adequadas à sua faixa etária. Crianças pequenas, orações pequenas. Isso não impede que elas, desde tenra idade, decorem as principais orações, ainda que não compreendam todas as palavras;
  4. Cristo e Nossa Senhora devem estar presentes no cotidiano de forma natural. Mediante conversas, imagens de escultura ou em estampas e ícones (inclusive no quarto das crianças), comemorações de festas da Igreja que retratem mistérios cristológicos e marianos e celebrem os santos etc;
  5. Quando te falta algo, como mãe, seja uma virtude, um auxílio, reza e pede para Nossa Senhora. Claro que a Deus, mas sempre, sempre, mediante a Virgem, e isso explicitamente. Ela é a Mãe de todas as mães. É Mãe de nossos filhos — e por isso zela por eles. E é nossa Mãe também — e por isso nos ajuda em nossa maternidade. Ela que acompanhou a Cristo até Sua morte na Cruz e depois na Ressurreição, e se encontrou com Ele no céu, sabe bem o que é criar e sofrer com um filho. Ela é Auxilium christianorum e Consolatrix afflictorum. Recomendemo-nos a ela sempre.

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Aline Rocha Taddei Brodbeck é advogada, blogueira de moda (dona do “Femina — Modéstia e Elegância”). Está escrevendo três livros: “Fé e elegância. Um guia para a mulher graciosa, sofisticada e fiel”, “A mulher segundo a vontade de Deus” e “Mulheres comuns, fé extraordinária”. Tem dado palestras e conferências sobre família, feminilidade, elegância, modéstia e o papel da mulher.

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