NOTAS DE AULA

02/04/19

“O tempo se vinga das coisas que fazemos sem tempo“

Ariane Mnouchkine

Começo esse texto com essa fala de Ariane Mnouchkine, diretora do Théâtre du Soleil, porque tenho sentido os efeitos de se fazer muitas coisas ao mesmo tempo, e não ter tempo para nenhuma delas. Sinto que é como um aviso constante para ir com calma e aproveitar melhor a paisagem e o processo.

Dito isso, vou atualizar o blog com as anotações da aula de Práticas educativas do dia 02/04/19, que tratou sobre Metodologias Ativas e Aprendizagem por problemas e alguns apontamentos da Disciplina isolada do PPGARTES da Unespar — Processos cênicos no contexto pedagógico, que estou assistindo esse semestre. Ambas as disciplinas trataram da mesma problemática em torno das metodologias e dos teóricos que se relacionam com as práticas educativas, uma no contexto mais abrangente da educação e a outra com o foco no teatro em contexto escolar. No caso do teatro, ele é pela natureza de sua práxis uma prática educativa por metodologias ativas.

No Capítulo 4 do livro“Teatro pós-dramático na escola”, Carminda Mendes André, relaciona os métodos dos jogos teatrais, jogos dramáticos, Drama, happening e performance com as teorias críticas na educação e da psicologia, e busca entender como cada metodologia contribui no processo de formação dos sujeitos e do conhecimento com o foco da relação do teatro com a escola. E entre as contradições que cada método impõe e a distância dessa emancipação a autora aponta o papel do educador nesse processo, no qual ela reconhece que o professor é uma facilitador na compreensão dos signos do mundo e a escolha desses signos devem proporcionar uma reflexão para uma mudança de valores. Ela indica que uma organização do conhecimento em eixos ao invés de uma estrutura curricular pensada de forma histórico-evolucionista seria mais eficaz. (ANDRÉ, 2011)

“Quando compreendemos como nos constituímos como sujeitos a partir de nossas ações, ou seja, quando analisamos os modos como estamos constituindo nossa ética, nossas relações de poder e nossa produção de saberes, temos condições de tomar consciência do lugar que ocupamos na sociedade. Desse modo, podemos avaliar os limites de nossas ações mas também provocar mudanças nesses conjuntos práticos.” (ANDRÉ, 2011, p.177)

Aprender Fazendo

E para seguir a lógica do assunto, nada melhor do que aprender fazendo, por isso foi proposto para que nos dividíssemos em grupo e cada grupo desenvolve um plano de ensino/aula para um curso de 20h. Para organizar a metodologia e o estruturar o plano era preciso utilizar a Taxonomia de Bloom.

Taxonomia de Bloom

Domínios:

Referências

ANDRÉ, Carminda Mendes. Teatro Pós dramático na escola (inventando espaços: estudos sobre as condições do teatro em sala de aula). São Paulo: Editora Unesp, 2011.