Muito mais que um hobby

A gente acompanha um artista que hoje tem sucesso e não imagina o quanto ele lutou para conquistar o que conquistou. A cascavelense Vitória Carolina Krueger embarcou há oito meses para uma aventura na Irlanda e compartilhou as melhores experiências musicais fora do país

Aline Silva De Oliveira
sinestesiamusical
3 min readNov 23, 2018

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Foto: Aline Oliveira

“Meu sonho sempre foi a música e é sempre bastante romântico falar de música, porque a gente sabe que é muito difícil a realidade de quem vive de música no Brasil, aqui na Irlanda eu continuo fazendo minhas músicas, tocando, criando e compondo e posso dizer que a música é minha paixão”, compartilha a cantora e compositora cascavelense Vitória Carolina Krueger, conhecida no cenário musical de Cascavel apenas como Vicka.

A artista de 22 anos, natural de Cascavel, sempre conciliou a carreira musical aos estudos, porque até o começo deste ano ela estava terminando o curso de Engenharia Civil.

De acordo com Vicka, a decisão de embarcar para Dublin, na Irlanda, foi justamente para tentar viver uma experiência nova tanto em relação a aprender coisas novas quanto à cultura local e, claro, coisas novas em relação à música. “Antes de eu vir para cá eu estava bastante engajada com projetos em Cascavel. Inclusive eu lancei o meu EP Concreto antes de vir para cá. Fiz o lançamento com a minha banda e várias coisas estavam acontecendo e eu tive que dar uma pausa para poder viver essa experiência que eu estou vivendo agora”, relata.

Não importa o dia da semana, Vicka conta que os artistas de rua estão lá, em cima de um palco ou em qualquer outro lugar fazendo um som bacana, não só pra curtir com a galera ou até mesmo pra ganhar uma graninha extra no final do mês, mas sim pelo amor à música. Isso para eles é muito mais que trabalho, até porque cada um tem sua profissão e sair por aí para tocar é por amor e de certa forma para se sentirem vivos.

O simples fato de ter um propósito, que é principalmente fazer a diferença para o público, sempre traz uma motivação para que esse artistas realizem um trabalho cada vez melhor. “Quando as pessoas começam a cantar com a gente é o ápice do show, é quando você conseguiu se conectar com quem está ali. E esse com certeza é o maior objetivo quando eu subo no palco, dar uma experiência nova para o público”.

FAZER MÚSICA NO BRASIL x IRLANDA

A principal diferença que Vicka notou entre fazer música no Brasil e na Irlanda foi principalmente na cultura. “Aqui a gente pode pegar o violão e ir para a rua qualquer hora do dia e sempre vai ter gente lá para ouvir o que a gente está fazendo e isso é muito compensador. Desde que eu cheguei eu conheci vários músicos na rua e quando comecei a tocar na rua, sempre tive uma resposta muito positiva do público”, destaca.

Outra coisa legal na Irlanda, é que as pessoas entregam gorjeta para os artistas de rua, e segundo a cantora, têm vários músicos que vivem só de tocar na rua. “Com certeza as maiores lembranças que eu vou levar daqui foram as experiências que eu vivi na música”, finaliza.

Texto: Aline Oliveira

Pra saber um pouco mais sobre essa experiência na Irlanda, e também ouvir o som da Vicka, confira nossa entrevista… :)

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