A Copa fria mais quente dos últimos tempos

Luiz Otávio
singular&plural
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2 min readJun 13, 2018

Por Luiz Otávio

Às vésperas de mais uma disputa de Copa do Mundo, é possível observar um distanciamento maior do brasileiro em relação às últimas edições. As explicações pra esse fenômeno são muitas: desde a crise política a qual o país vive, até o vexatório 7 a 1 sofrido em 2014.

Entretanto, a mídia, como mais ninguém, quer promover o sucesso do evento da Rússia. Até porque, se a competição obtém grande prestígio, os grandes veículos de imprensa disparam em audiência e angariam bastante dinheiro.

Por conta da greve dos caminhoneiros, que tomou conta dos noticiários a cerca de duas semanas do início do mundial, o Tite e seus comandados ficaram em segundo plano treinando na Granja Comary.

Após o momento, a mídia passou a abordar o evento mundial com uma frequência maior. Documentários, reportagens especiais, correspondentes especiais espalhados por toda a Rússia e entrada de repórteres em na maioria dos programas de rádio e TV.

Aos poucos, à medida que a competição avança, a tendência é que a mídia e toda publicidade por trás da promoção da Copa, acabe influenciando o brasileiro a ficar imerso aos jogos.

Na opinião de quem disserta o artigo, a ligação entre não torcer neste mundial e a situação tenebrosa a qual o país vive, não tem nexo algum. O sucesso ou vexame no mundial não altera nenhuma situação política. A polarização extrema, que tem causado ódio e divisão pode ter um intervalo de alegria e união durante o mundial.

O Brasil precisa da Copa para atenuar a divisão política durante às vésperas da eleição. Copa do Mundo não é Pão e Circo, a população não se tornará mais alienada ou mais inteligente por conta do mundial.

Contudo, a mídia, fator primordial de avaliação neste artigo, promove o mundial para ganhar ibop e dinheiro. Caso haja um desinteresse maior da população nas próximas edições, a tendência é que cada vez menos os veículos invistam.

Portanto, a ligação entre Copa do Mundo, população e mídia é extremamente tênue. E por conta de todo esse investimento percebido nestas últimas semanas, o mundial a Rússia, apesar de tardiamente, será um sucesso. A mídia move o interesse da sociedade e vice-versa.

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