A mídia da massa
A informação se molda aos novos padrões das redes sociais
Por Karla Alencar, Lianna Antunes e Thalita Felipe
Há séculos a mídia mostrou sua importância na sociedade como meio de informação e distribuição da mesma. Ela foi se estabelecendo como o quarto poder por conta da sua influência sobre a população, tanto no modo de agir quanto no modo de ser e pensar.
O jornalista sendo considerado um profissional respeitado, que sempre busca a verdade dos fatos e os expõe para a massa, construiu esta visão empoderada. Tudo isso, que foi construído por tanto tempo, se manteve por longos períodos. Porém, esta visão parece ter entrado em declínio com os avanços da modernidade e tecnologia.
Em um mundo competitivo, onde a internet se tornou o palco das principais discussões, a busca de um veículo por se sobressair e a caça às curtidas fez quebrar este padrão. O dinamismo e a vontade de dar o furo da notícia antes mesmo de uma apuração completa e minuciosa trouxe uma nova era para a mídia, a das fake news e notícias rasas.
E a população parece não perceber o novo padrão, afinal, os meios de comunicação de massa acabam fazendo uso de macetes discursivos e políticos para manipular o povo. Esses veículos de “informação” são grandes formadores de opiniões que vem estabelecendo cada vez mais um processo de alienação da sociedade, pois faz com que gere mais conteúdo e lucros.
Não só isso, mas, com a evolução digital, o jornalista sente a necessidade de escrever para o público que o acompanha, ou seja, ele busca apresentar o que pode ser comercializado e não necessariamente o que é uma notícia em si.
No livro “Apocalípticos e Integrados”, o autor Umberto Eco (1964), diz que os veículos de comunicação estariam estimulando uma cultura homogênea e padronizando a opinião das pessoas.
O autor ressalta que essa grande mídia está promovendo o lazer e o entretenimento, enquanto desestimula o público a pensar e refletir sobre questões ligadas à política e o meio em que vivem.
A mídia parece ter perdido sua essência para acompanhar os avanços da Indústria Cultural, para alimentar o público de acordo com as exigências da nova e, porém sem se adaptar para a mesma.