A nova cara do Jornalismo dentro da internet

Larissa Alves
singular&plural
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2 min readMay 30, 2018

Comunicadores devem procurar formas de reinventar os veículos para que a informação se mantenha atrativa e confiável

Por Larissa Alves

A produção de conteúdo informativo, na última década, passou por alterações que colocaram o espectador nos bastidores do mundo jornalístico. Com o auxílio, mas acima de tudo, acesso a tecnologia, disseminado de forma mais ampla, foi estabelecida uma nova proposta. Essa relação de igualdade, entre e a mídia e o público, fez o “online” sustentar esse misto do fluxo de informações, inverter e fundir os papéis dos locutores e seus receptores. Com o uso do celular e o hábito do “compartilhamento”, que domina a internet, a informação saiu de um espaço privado para a “nuvem”.

Com a “Era Digital” nas redes sociais e plataformas de streaming disseminam-se diariamente um número incontável de conteúdos não filtrados na internet. Deve existir discernimento para distinguir um “fato verídico” de uma história que contada tantas vezes se torna verdade, se perde entre os compartilhamentos dos usuários das redes; bombardeados com matérias que se assemelham a situações plausíveis, mas que não revelam seu ponto de origem, e assim, sua veracidade. A apropriação de um nome jornalístico, base de qualquer produção de notícia, deve carregar consigo a responsabilidade de suas fontes, e visão multifacetada de um fato considerado “verdadeiro”.

Em uma disputa, com duas medidas distintas, entre velocidade e o meio impresso, porque seus processos são particulares, com ferramentas diversas e, normalmente, atingem objetivos diferentes com o seu produto final; a função do jornalista se torna muito mais difícil. Dividido entre produções que visam, com o produto final, atingir a mesma coisa: apuração. Um com velocidade, o outro com substância.

Um exemplo é, por mais que as emissoras de televisão façam uma grande cobertura a respeito da greve dos caminhoneiros, que teve início no dia 21 de maio, reivindicando o preço do combustível, frete e pedágio, a internet está à frente compartilhando vídeos e fotos das vias paralisadas, ou das filas enormes dos postos de gasolina. Cabe ao jornalismo produzir um conteúdo completo e suficiente para que o público sempre saiba que mesmo com um número enorme de informações recebidas de maneira independente, a apuração do jornalista está sendo feita, e é o ponto mais importante para que haja o máximo de verdade no fluxo das informações.

No entanto, essa competição entre a mídia e a velocidade da internet, que inicialmente aparentava ser um ponto negativo para a área da comunicação, tem feito os comunicadores criarem novas formas de chamar a atenção do público. A adaptação à internet torna a informação mais acessível e pode atingir diversos públicos, se a notícia for divulgada em diversas plataformas. Ainda assim, pode-se dizer que é necessária uma melhor adaptação dos jornalistas dentro da internet para que essa desordem de informações não se torne cada dia mais frequente e o público possa continuar confiando no jornalismo.

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