As Fake News na ponta dos dedos dos eleitores

É a vez de quem se sobressai na gritaria, quem é o candidato dos memes e quem tem o poder de viralizar mais boatos

Moysés Alves
singular&plural
3 min readNov 22, 2018

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Foto: Divulgação

Por Moysés Alves

As famosas Fake News se espalharam pelas redes sociais e apresentam um desafio a partir de agora não só apara o jornalismo, mas, também para a Justiça Eleitoral que neste ano de 2018 prestou-se a investigar e proibir ações de disseminação em massa de notícias falsas sobre diversos candidatos.

Essas informações falsas podem interferir nos resultados das eleições pelo seu poder influenciador. A Justiça eleitoral foi quase pega de surpresa porque não contava com essa disseminação massiva pela plataforma WhatsApp, tanto que não antecipou a criação de uma ação regulatória. Especialistas concordam no poder influenciador das Fake News e da mídia, que são determinantes para um candidato se eleger, e consideram que as redes sociais tem uma grande importância na democracia.

Vários veículos de comunicação pautaram esse tema este ano, sobretudo sobre a nova utilização da rede social WhatsApp como ferramenta de campanha com disparos em massa de Fake News. Segundo uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, nas eleições desse ano o candidato Jair Bolsonaro contou com diversos disparos de milhões de mensagens contra o seu adversário Fernando Haddad. Na reportagem diz que esses softwares (de agencias que prestam serviços de envio de mensagens) eram comprados por empresários que apoiaram o candidato.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/na-ponta-dos-dedos-por-renato-aroeira/

Com as redes sociais desempenhando um papel cada vez mais importante no cenário eleitoral, fica evidente como as Fake News não escaparia de suas timelines e invadisse as mentes de seus usuários. Foi por meio das próprias redes que campanhas de candidatos conseguiram dados da população para influenciar eleitores. Foi por meio dela também que o presidente eleito Jair Bolsonaro optou para falar com seus eleitores, quando se demonstrou não adepto a comparecer aos debates nos principais veículos de comunicação do país.

O que ficou demonstrado explicitamente nessas eleições de 2018 é que agora existe os eleitores que não estão nem um pouco interessados em ouvir propostas, conhecer o que os candidatos à Presidência têm a dizer sobre os seus planos e programas para o futuro do Brasil. É a vez de quem se sobressai na gritaria, quem é o candidato dos memes e quem tem o poder de viralizar mais Fake News a seu favor ou contra o seu adversário. É a inovação do modo de se fazer campanha sem debater ideias, e tudo via WhasApp.

O desafio do Jornalismo agora é mostrar o contraponto, aplicando seu papel de averiguação e esclarecer a onda de falsas noticias que se espalham a uma “velocidade luz”. As próprias plataformas como Facebook e WhasApp trabalhou para coibir tais ações nessa eleições. Juntamente com as organizações jornalística tentou esclarecer e coibir fazendo transparecer o contraditório das fake news. como têm feito diversos veículos de imprensa, plataformas e também as agências de checagem de fatos. Por um lado, essas medidas mostram-se bem mais eficientes, porque as maneiras tradicionais de combater notícias falsas por meio da limitação, da censura ou da penalização, elas podem ameaçar a liberdade de expressão.

Contudo, o combate as Fake News é uma tarefa a ser exercida frequentemente por vários profissionais de agora em diante, porque não se sabe ao certo quando esse mal terá um controle totalmente eficiente. Caberá ao jornalismo cumprir seu papel de checagem dos fatos e disseminação da verdade mesmo em tempos de pós-verdade.

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Moysés Alves
singular&plural

Estudante de Jornalismo apaixonado por livros de ficção, por cinema e pela arte. Escreve para o : Singula&Plural https://medium.com/singular-plural