Como notícias falsas prejudicam profissionais da comunicação em sua rotina de trabalho

Os principais casos ocorrem em período eleitoral

Pedropauloambrosio
singular&plural
2 min readMay 30, 2022

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Por Pedro Paulo Ambrosio

Photo by charlesdeluvio on Unsplash

Em época de eleição é muito comum ver sites espalhando falsas verdades sobre um candidato, só para tentar ganhar alguns cliques em cima disso. Essa prática é chamada “fake news” sendo um termo em inglês utilizado para se referir a falsas informações divulgadas, principalmente, em mídias sociais.

Estima-se, de acordo com o dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da Psafe, que 75% dos brasileiros já foram impactados por notícias falsas. Desses, quase 80% pelo WhatsApp e pelo Facebook. Também foi constatado que 55% já repassaram fake news sem saber e outros 33,57%, no que lhes concerne, dizem já ter sido impactados por notícias falsas sobre política. Do total de entrevistados, 45,94% afirmam já ter recebido informações falaciosas sobre saúde. Esse é um reflexo claro do momento que o mundo enfrenta atualmente.

Mas como será que isso realmente afeta a vida de um profissional da nossa área? Conforme a pesquisa encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo, o jornalismo profissional, na verdade, é um grande remédio contra as “Fake News”.

No estudo foi constatado que o acesso ao jornalismo profissional diminui a chance de um eleitor acreditar em fake news. A pesquisa foi conduzida por cientistas políticos da Universidade da Carolina do Norte, em Charlotte, da UFMG e da UFPE . O estudo foi realizado em parceria com a Folha e a consultoria Quaest. Participaram do levantamento 1.000 eleitores da cidade de São Paulo. As pessoas foram submetidas a baterias de perguntas em painel on-line, de novembro a dezembro de 2020.

Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos — semelhantes em gênero, idade, classe social e religião. Eles foram entrevistados em duas ocasiões: de 19 a 24 de novembro e de 8 a 16 de dezembro. O primeiro grupo recebeu assinatura grátis da Folha por três meses e teve acesso a um texto que explicava o processo de checagem de informações. O segundo, o grupo de controle, não teve acesso nem ao texto, nem à assinatura grátis do jornal. Todos os participantes foram confrontados com quatro textos cujo teor foi classificado como falso por agências de checagem. Eles, no entanto, não sabiam da classificação.

Foi constatado que, entre os que tiveram acesso à Folha, 65% não acreditaram nas notícias falsas.

Isso mostra o impacto que o jornalismo profissional tem na distribuição de notícia de qualidade e sua importância social atualmente.

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