Democratização dos meios já!

Luiz Otávio
singular&plural
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2 min readJun 21, 2018

Por Luiz Otávio

Em tempos de Globalização assídua em todo o mundo, as pessoas passam a receber mais informações e desejam compartilhar larga escala. Para que isso haja de forma plural, até para o indivíduo criar senso crítico, é preciso que haja uma urgente reforma dos meios de comunicação.

A população sente falta de representatividade, os grandes meios, apesar de apostarem incessantemente em interação, não está perto da maioria. Por isso, é preciso que o espaço da imprensa independente seja amplificado. Assim, a proximidade e o aumento de notícias de vertentes variadas aumentam.

E para quem pensa que apenas EUA e as potencias europeias dispõem de um sistema de mídia regulamentada, o Equador aprovou uma lei orgânica de regulamentação dos meios comunicativos. O novo firmamento, segundo matéria da Carta Capital, combate os oligopólios do setor. Apenas uma licença de Rádio AM, FM e TV por pessoa física ou jurídica. Além disso, os núcleos estão divididos da seguinte maneira: para a comunicação comunitária (34%), estatal (33%) e para a mídia comercial (33%).

É importante abordar esses dados, pois é comum se imaginar que apenas as grandes potências possuem um esquema estruturado dos veículos. Por isso, não é necessário deter de grande poderio financeiro.

O país está, em âmbito televisivo, completamente refém de um só conglomerado. A publicidade que impulsiona financeiramente ainda é totalmente centralizada.

Além de descentralizar a maior parte noticiada do Brasil, a redefinição da dos meios é extremamente relevante para que o combate contra as fake news possa progredir. A manutenção deste formato engessa o pensamento crítico da população, que não é estimulada a ser plural e insiste no mesmo senso comum que é refletido nas urnas a a cada dois anos.

Por isso, o Equador serve de parâmetro não apenas para o Brasil, mas para muitos latino -americanos. Em 2011, agências estatais do continente, como Agencia Venezolana de Noticias, Prensa Latina (Cuba), Agencia Andina (Perú), Agencia Boliviana de Información, Agência Brasil (da Empresa Brasil de Comunicação, EBC), Notimex (México), Agencia Guatemalteca de Noticias, Agencia de Información Paraguay, Andes (Equador) e Télam (Argentina) criaram a União-Latino Ameriacana de Agências de Notícias (ULAN). A iniciativa foi criada justamente para promover esta democratização pautada neste artigo.

Com uma sociedade plural de informação, a alienação é atenuada, que por consequência faz com que a corrupção possa diminuir. Portanto, democratização dos meios já!

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