Eleições norte-americanas de 2020 contam com opiniões divididas entre os eleitores
As próximas eleições dos Estados Unidos acontecerão em novembro e já vêm apresentando polêmicas e discussões entre os eleitores. Donald Trump encontra-se com 44% dos votos e, Joe Biden, com 51%
Por Flavia Fasanella, Julia Tamelini e Vitor Revez
Estão prometidas para novembro deste ano as eleições nos Estados Unidos, que criaram palco para muitos debates e discussões sobre os principais personagens deste cenário: Joe Biden e Donald Trump disputam o cargo de Presidência do país e, no caso de Trump, será revelado se o republicano permanecerá em seu posto por mais quatro anos, ou se o cederá para o democrata.
A fim de analisar de que modo dois veículos de comunicação trataram do mesmo assunto, escolhemos a revista Exame e a CNN Brasil. Foi observado, primeiramente, que ambas as notícias têm como principal elemento o número de informações, tais como gráficos, percentuais, vídeos e ainda um podcast abordando essa pauta. Na CNN Brasil é destacada uma exuberante quantidade de informações quantitativas e qualitativas. Elas ilustram as intenções de voto, a popularidade do governo atual nos EUA e a intenção dos eleitores em mudarem seu voto futuramente. A matéria também aborda alguns subtópicos que auxiliam o leitor a ter um panorama mais detalhado do que vem acontecendo nas eleições norte-americanas. Além disso, o veículo adicionou uma reportagem que havia sido transmitida na televisão, acrescentando, desse modo, qualidade e conteúdo em sua reportagem.
O assunto abordado pelos dois veículos de comunicação foi praticamente desenvolvido do mesmo modo; entretanto, a CNN Brasil preocupou-se em mencionar a questão da pandemia do novo coronavírus, apresentando opções de realização dos votos para que não haja qualquer tipo de aglomeração nesse evento. Por fim, a Exame termina sua matéria com a disponibilização de um podcast de 27 minutos, acrescentando qualidade à notícia, a fim de que o público entenda o assunto com ainda mais clareza.
Pelo fato de ambas as notícias se enquadrarem na editoria política, que apresenta cunho significativo, há um interesse mundial em buscar informação sobre as eleições, ou seja, quanto mais indivíduos procurarem sobre o assunto, maior será a visibilidade deste fato. Subentende-se, então, que há um maior impacto sobre essa pauta dentro da sociedade estadunidense. Desse modo, encontra-se uma proximidade desse tópico com o público-alvo em nível geográfico.
A imagem dos dois políticos na mídia apresenta, respectivamente, a direita representada pelos republicanos e a esquerda pelos democratas. A influência desses partidos na cultura norte-americana determina que Joe Biden é popular entre os eleitores jovens, latinos e negros. Já Donald Trump é apoiado por uma gama de eleitores mais velhos e brancos.
É possível compreender que, dependendo de como certas questões são abordadas dentro dos veículos de comunicação, por meio de “filtros” e opiniões “pré-existentes”, é simples definir quais as ideologias em que os líderes de opinião acreditam, gerando assim um grande impacto capaz de influenciar e convencer a população. Assim, o teórico Paul Lazarsfeld mostra que é viável a sociedade passar a enxergar e escolher em qual das figuras poderosas prometer seu voto.
Entretanto, dentro dos dois veículos analisados, alguns dos valores jornalísticos foram encontrados em ambos os textos, tais como verdade (total veracidade dos fatos tratados); objetividade (trata as informações concretas dos fatos e confirmação dos assuntos); imparcialidade e neutralidade.
Juntamente com a teoria de Lazarsfeld, se encontram os conceitos de Harold Lasswell, que estuda como a notícia pode ser um estímulo poderoso para convencer o voto do eleitor nas eleições dos EUA. Um desses conceitos é dado pela análise de conteúdo, que ressalta a questão: “o que o comunicador diz?”. Sendo assim, fica claro que o poder da palavra de um líder exerce grande influência no desenvolvimento opinativo dos espectadores.
