Os atrasados do Enem e a cobertura de mídia

Maria Eduarda Webster
singular&plural
Published in
1 min readNov 9, 2017

Por Maria Eduarda Webster

O Enem é o requisito básico para candidatar-se a uma vaga nos cursos de graduação, realizado em todo o território nacional todos os anos. Este ano ocorreu em outubro, e a mídia estava lá como em todo ano para realizar a sua cobertura; porém, desta vez, com uma pequena diferença: tomando para si os memes da internet, a mídia quis entrar na brincadeira e fazer piada com a situação dos “atrasados do Enem”, como o tiozão sukita que quer falar gírias de adolescente sem perceber que não lhe cabe este papel.

O jornalismo na era das redes sociais está mais preocupado com o entretenimento barato, com a preocupação de viralizar em seu conteúdo on-line. Mas não seria o dever do profissional encontrar a melhor forma de informar os leitores de maneira imparcial e completa? O que se ganha com isso, fora visualizações em suas matérias? É isso que se tornou o jornalismo?

Portais como UOL e G1 não se aprofundaram nos motivos que levaram os estudantes a perderem o horário das avaliações, apenas o que fizeram foi expor essas pessoas ao ridículo. Segundo o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, Capítulo 2, artigo 8º, é dever do profissional de comunicação respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão.

--

--