Parque de diversão: EUA inaugura mais uma atração turística de sucesso (principalmente para brasileiros)
Por Beatriz Bari, Bruna Berti e Michelly Nogueira
Segundo o Infopédia, Parque de Diversão é um espaço demarcado, geralmente no exterior, frequentado pela população para fins recreativos. Para os EUA, conhecido por seus famosos pontos turísticos que unem diversos parques temáticos, a novidade do novo ponto de diversão não parece tão encantadora quanto para os turistas, principalmente nós, brasileiros.
O novo playground se trata das duas primeiras lojas de Massachusetts — Você pensou que diria Orlando, não é? — a vender maconha legalmente após dois anos da aprovação em plebiscito para legalização no estado. O prefeito, David Narkewicz, de Northamton — cidade que sedia uma das lojas — foi o primeiro da fila para comprar maconha na unidade para guardar como recordação histórica.
Para os brasileiros, a notícia não possui relevância alguma, principalmente quando começamos a comparar a cultura norte-americana, que se afasta cada vez mais da realidade do Brasil, o qual está longe de ter uma compreensão ampla dos benefícios de uma legalização — sejam econômicos ou na área da saúde — por questões ideológicas e culturais das famílias tradicionais brasileiras.
Rejeitando a cultura brasileira, a reportagem do Portal G1 não cita nenhum fator econômico, social ou cultural relacionado ao evento descrito, reforçando que tal assunto deve ser curto e direto, sem entrar em detalhes — principalmente sobre pontos positivos de uma droga ilícita. Quando pensamos em definição básica de cultura, encontramos explicações de que não existe certo e errado dentro desse termo, sendo maneiras diferentes de cada população se expressar. Dentro do jornalismo, a cultura se envolve com questões políticas e de interesses corporativos, sendo quase sempre encaixada, de uma maneira arquitetada e planejada, dentro do quadrado ideológico que é criado pelos meios de comunicação.
Mas o que os brasileiros ganham com essa reportagem? Um novo ponto turístico para viagens à América do Norte já pode ser adicionado ao roteiro, já que, para o governo brasileiro, é mais fácil associar o uso da maconha à outros países do que aceitar que muitos problemas sociais e econômicos do Brasil poderiam ser resolvidos se a droga fosse adquirida e consumida dentro do país.
