Streaming… futuro

Matheus Henrique Veloso
singular&plural
Published in
2 min readMar 27, 2018

Serviços de streaming ameaçam hegemonia da televisão

Por Matheus Veloso e Henrique Toth

O Twitter, uma das redes sociais mais usadas no mundo, comprou o direito de transmissão por streaming ao vivo e por demanda da Major League Soccer, a liga de futebol dos Estados Unidos. Esse é um passo gigantesco na revolução de mídias que está para acontecer no esporte mundial.

O acordo concede ao Twitter o direito de mostrar pelo menos 24 partidas ao vivo por temporada, sendo que a empresa comprou três anos da competição. E não é apenas o Twitter que está de olho no mundo esportivo. O Facebook também já começou a se movimentar para dominar esse meio. Mark Zuckerberg acertou com a Major League Baseball, maior liga de Baseball do mundo.

A Amazon, rival direta da Netflix com seu serviço Amazon Prime Video, também está de olho nos esportes, na última temporada da NFL, a Amazon transmitiu 10 jogos da temporada regular. Não deve demorar muito até que uma das grandes empresas adquira os direitos de transmissão do Super Bowl, evento esportivo com maior audiência na TV americana.

E o que tudo isso significa? A cada ano que passa a televisão vai perdendo espaço na agenda dos jovens, que já consomem e serão seus futuros consumidores. O Netflix, por exemplo, já tirou muita audiência de grandes canais. Agora, se tudo continuar a correr desse jeito, novos “Netflix’s”, só que voltados ao esporte, começarão a surgir.

A Netflix chegou aos 50 milhões de usuários no mundo na primeira metade de 2014, em 2017 dobrou essa marca, ultrapassando os 100 milhões de usuários. Enquanto isso, a Fox sofreu com grande queda de audiência e acabou vendendo sua divisão de séries para a Disney.

Os grandes canais abertos do Brasil ainda não sofrem com a queda de audiência. Porém com as séries e filmes migrando para o streaming e os esportes seguindo na mesma direção, é possível prever uma perda geral na audiência da TV. Podendo impactar a TV aberta, incluindo seus telejornais.

E tudo isso é visível nas redes sociais. Nelas os jovens, e até os adultos, já vivem nas suas bolhas, consumindo cada vez mais coisas de seu gosto. Ainda no exemplo do esporte, o palmeirense segue páginas do Palmeiras, vê vídeos de canais do Palmeiras, lê blogs de torcedores do Palmeiras… cada vez mais a setorização dos temas e assuntos vai ficando evidente.

Caso grandes veículos de comunicação não começarem a olhar para isso, muitos poderão perder enormes quantidades de consumidores de seus produtos. O impacto ainda não é grande no Brasil, mas quando essa onda chegar de vez… se preparem.

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