O melhor para todos
É melhor harmonizar as ideias
De uns tempos para cá tenho pensado a fundo sobre os desejos. Sobre tudo aquilo que a gente quer porque quer. Aquilo sem o qual acreditamos que nunca vamos conseguir viver. Me pergunto se bem avaliamos tudo o que queremos atrair para nossas vidas, se estamos conscientes de tudo o que a realização daquele desejo trará com ele.
Há quem acredite que apenas quando abdicamos de todos os desejos nos tornamos felizes, mas eu optei por acreditar no inverso; são justamente nossos desejos que nos conduzem à felicidade. Faz sentido pra você? Pense bem: ao verdadeiramente desejarmos algo, desenvolvemo-nos, fazemos concessões, melhoramo-nos. Vamos além do que um dia achamos ser possível e conseguirmos o que queremos. É uma vitória a curto prazo, mas não são raras as vezes em que precisamos vislumbrar o panorama geral e pensar não apenas por nós.
Repetidamente colocamos nossas vontades acima do que será melhor para o coletivo, só que não há como sentir-se pleno se alguém do nosso lado não está feliz. Fatalmente uma dessas pessoas baterá à nossa porta em algum momento e por cada uma de nossas escolhas seremos cobrados, direta ou indiretamente.
Ideal é a atenção constante, enxergar as pessoas ao invés de somente olha-las. Jamais julgar ou tentar adivinhar o que está em seu coração. Estabelecer um equilíbrio, chegar a um consenso, buscar o melhor para todos.
De quando em quando precisamos reavaliar, dar um passo atrás e observar racionalmente o que queremos. Será apenas um capricho, algo meramente transitório a que não daremos mais tanta importância a longo prazo?
É melhor harmonizar as ideias. Cuidar bem dos nossos desejos, pois mais frequentemente do que imaginamos, eles se realizam. Por aquilo seremos responsáveis e com aquilo teremos que conviver.
Não é melhor parar, ponderar e desejar uma felicidade irrestrita, independente de qualquer coisa?
