É tudo culpa da crise?

Sistema Dez
Sistema Dez

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O que você acha de pensarmos um pouco sobre algumas outras coisas que podem estar diminuindo o interesse das pessoas no que você vende? Afinal, da crise, já sabemos todos.

E a influência que os amigos passaram a ter nas nossas decisões de compra? Pra tudo. Ali mesmo, no Facebook. Ninguém mais compra nada sem fazer um focus group na rede social. Afinal, juntar 5 especialistas sobre qualquer assunto é a coisa mais fácil do mundo quando se tem 500 ou mais amigos no FB. Já vimos gente deixar de comprar carro, TV, videogame, tênis e tantas outras coisas. Você pode ter perdido algumas dessas vendas.

E que tal falarmos de reputação? Aquela que sua marca levou anos e anos para construir com bastante suor e dinheiro. Pasme, em apenas 140 caracteres e/ou uma foto pixelada de um celular de três chips, tudo pode ir pelo ralo.

Tá bom. Nada de deprê. Vamos parar por aqui. Até porque a questão aqui nem é ficar enumerando as centenas de fatores que podem mudar a relação das pessoas com o que você vende. Citamos alguns apenas para deixar você mais receptivo(a).

O ponto é: não se isente da auto-crítica e também de olhar tudo que está acontecendo além da crise.

Olhe para o seu negócio com a atenção que a crise demanda. Mas não deixe de olhar para o seu consumidor. Ou para quem se relaciona de algum jeito com a sua marca. Seus custos, sua estrutura, sua receita, suas metas e seus objetivos devem estar sempre em pauta. Mas, nesse momento em que o seu negócio pode estar fragilizado, ameaçado ou, pelo menos, carecendo de mais atenção, é tentador cair no erro de voltar-se totalmente para dentro. E, enquanto você está aí pintando o galinheiro, as raposas estão lá fora rondando suas galinhas.

Aceite: com ou sem crise, pessoas não param de mudar. E cada vez mais rápido. Uma única compra bem sucedida pela Netshoes e pronto: ninguém mais lembro de qual foi a última vez que experimentou um tênis em uma loja. Depois de apenas uma viagem pelo Easy, quantos abdicaram do velho e fiel TeleTáxi? Há quem diga que, em pouco tempo, também vamos abandonar o Easy pelo Uber. Vamos ver. E onde anda a fidelidade, ora bolas?!

É assim. Hábitos que pareciam consolidados estão mudando numa velocidade que você não imagina. E junto com os hábitos as preferências, e os papéis que as marcas têm na vida das pessoas.

A conclusão é muito simples: tente ser impreterível. Tente criar relações mais profundas e não apenas transacionais. Se você sabe que nem todo mundo por aí é como o Richard Branson, deve saber que as pessoas têm prioridades. Não saem comprando ou fazendo tudo que dá na telha. Seu tênis, seu imóvel ou até seu brinquedo podem ser uma prioridade pra muita gente. Depende do que eles significam para você, para as pessoas e, porque não, para o planeta.

Pense no que você vende. Pense em por que você vende. Ou melhor: em por que compram você? Como as pessoas experienciam sua marca? É uma boa experiência? E aí a pergunta mais complicada de todas: vale a pena pra elas?

Talvez você ame demais seu legado para se dar uma resposta sincera. Procure parceiros para pensar alternativas com você. Tem gente com muita vontade de sentar ao seu lado para jogar em um papel alternativas do que fazer para ser mais atraente, mais valioso e até mesmo mais eficiente (Aliás, estamos nos candidatando. Nosso contato está aqui).

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