A energia do plástico

FIERGS/CIERGS
Sistema FIERGS
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13 min readJan 7, 2016

Independentemente dos cenários políticos e econômicos, indústrias de materiais plásticos assumem preocupação em garantir sustentabilidade de negócios com compromissos e responsabilidades ambientais

As imagens de garrafas de plástico boiando em águas de enchentes urbanas ou rios e córregos, mares e lagos mundo afora costumam abrir espaço para os discursos que clamam pela preservação ambiental e a falta de responsabilidade das sociedades poluidoras. No entanto, as pesquisas para cuidados com a natureza e as atitudes para a viabilidade de desenvolvimento sustentável são temas de estudos, pelo menos, desde a década de 60. Na prática, já são conhecidas inúmeras ações que ilustram exemplarmente como é possível conviver no mundo tecnológico e moderno liderado pelas indústrias e ter atitudes e consciência ambiental. Nessa seara, o tema reciclagem ganhou maior destaque nos últimos anos e, no que diz respeito aos plásticos, há dois meios de tratá-los: a reciclagem da matéria-prima ou a destinação para geração de energia.

“Disseminar boas ideias e informações que podem se converter em projetos empresariais é uma reação natural de quem acredita que é possível, sim, avançar tecnologicamente, com qualidade e respeito. O empreendedorismo industrial na área de reciclagem desperta ainda muita curiosidade, há muito interesse, mas infelizmente ainda não está mais concorrido por falta de viabilidade econômica”, explica o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast), Edilson Deitos.

A manifestação dele, que não chega a ser algo novo, ganhou maior destaque no mês de setembro por conta da realização da sexta edição do Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com Ênfase em Plásticos — Energiplast, que aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Deitos ressaltou que o evento, desde sua concepção, tem a ver com a busca em estimular as melhores práticas nas empresas e apresentar perspectivas de viés positivo. Ou seja, “o sindicato, além da representatividade que deve naturalmente ter junto aos seus associados, trabalha para apresentar oportunidades. O plástico não é o vilão. É 100% reciclável e é preciso que isso seja de conhecimento de todos, que seja compartilhado, viabilizado educativamente e, porque não, que seja um negócio”, observa Deitos.

Para o presidente do Sistema FIERGS, Heitor José Muller, ampliar o olhar sobre a temática das relações entre desenvolvimento e meio ambiente nunca será demais e industrializar soluções inteligentes pode, e deve, ser lucrativo. “A vilania atribuída à indústria do plástico é ultrapassada. Em pleno 2015, sabe-se de resultados de pesquisa e inovação que lhe dão status de reciclável e potencialmente um grande diferencial competitivo como matéria-prima para outras cadeias produtivas”, comenta. A iniciativa de empreender em negócios de reciclagem, portanto, deve ser avaliada com a ótica otimista. “A indústria do plástico está sintonizada com os desafios da construção de uma sociedade sustentável. A geração de energia a partir do reaproveitamento dos resíduos é também fundamental”, reforça o presidente da FIERGS.

Não por acaso, a apresentação do empresário Anderson Guimarães, de Juiz de Fora (MG), foi fortemente aplaudida no evento desse ano. Ele é o sóciodiretor da AGPlast, uma recicladora de garrafas PET. O caso de seu empreendimento é o primeiro do tipo no Brasil. Ele só se tornou viável a partir do investimento em tecnologia. “Montamos uma verdadeira operação tecnológica. Compramos máquinas, felizmente parte delas brasileiras (de Nova Petrópolis) e outra austríaca”, conta.

Após um ano de operação, a recicladora, pela primeira vez, processa 800 toneladas ao mês de sucata de PET em turnos de 24 horas ininterruptas. “A indústria só consegue ser sustentável como negócio se tiver escala para vender o que produz. Depois de anos de trabalho, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) reconheceu a eficiência da reciclagem e autorizou o uso desse PET para embalagens de bebidas e águas, pois há uma forte restrição do material reciclado para uso em alimentos e medicamentos. Enfim, isso significa que há mercado para vender”, contou Guimarães.

Eis um ponto estratégico a ser pensado não só por empreendedores, mas pelos governantes e suas políticas de estímulo aos investimentos. “Formamos em 2013 um grupo de coalização empresarial no qual a indústria plástica propõe subsidiar um percentual sobre o quilo de lixo plástico recolhido, mas até hoje estamos aguardando uma assinatura para liberação. O setor empresarial quer empreender”, ressalta o presidente do Sinplast.

Em sintonia, o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi), Ivânio Arioli, avalia que o potencial para o uso do plástico reciclado é enorme. “O que chama atenção, contudo, é o desestímulo para mais empreendimentos como o exemplo desse das garrafas PET. Licenças ambientais, tributação, energia, custos trabalhistas, etc., tudo influencia. Industrializar a reciclagem ainda é muito caro, uma vez que ela concorre em condições desiguais da produção de plástico inicial”, argumenta.

Arioli é diretor da Akeo, uma das maiores fábricas de puxadores, fornecedora de grandes marcas do polo moveleiro de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Aliás, uma característica de quase todas as empresas instaladas na Região dos Vinhedos é de compor a cadeia das indústrias de móveis como fornecedoras de peças e complementos. “Na Akeo, eu teria a produção das peças com plástico reciclado se ele estivesse disponível para abastecer a empresa. Não é nem mais uma questão tecnológica, qualificação do produto, por exemplo. O problema é que o reciclado ainda é muito caro e não tem produção suficiente para abastecer quem deseja comprar”, completa.

Nas relações institucionais entre os sindicatos de indústrias e o governo do Estado, por exemplo, desde a troca de comando na Secretaria de Meio Ambiente (Sema), este ano, há uma melhoria de entendimento dos temas que envolvem investimentos privados, incluindo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedect). A atual titular da pasta do Meio Ambiente, Ana Pellini, admite que as atividades da área e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) precisam dar conta com mais eficiência dos processos de liberação de licenças. “Acelerar os trâmites dentro da secretaria é um compromisso. Uma licença que demorava 900 dias para ser concedida, agora, está em 265 dias. Mais do que isso, com a nova gestão, temos dado mais atenção para ideias, projetos e soluções que possam ser implementadas em relação aos resíduos sólidos urbanos”, diz.

Essa postura tem a ver com a necessidade de cumprir as orientações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010 pelo governo federal. “São apenas quatro ou cinco Estados brasileiros que estão trabalhando nas Políticas Estaduais, entre eles, o Rio Grande do Sul. Temos metas a serem cumpridas em 2015, porém, é preciso recursos. E a PNRS ainda não recebeu o decreto da presidente da República que dá seguimento ao processo”, justifica Pellini.

Durante a Energiplast, na FIERGS, profissionais do setor discutiram a opção de reciclagem do plástico e sua aplicação na indústria / Crédito: Dudu Leal

Segundo o coordenador da assessoria técnica da Sema, Valtermir Goldmeier, apenas 24% dos municípios gaúchos têm alguma iniciativa em relação à matéria orgânica e sem detalhes para outros resíduos. “Fizemos um levantamento do número de catadores e registramos apenas 3.900. O plástico é um dos resíduos que não consegue atingir a mesma construção que foi feita com o alumínio por questões técnicas e de mercado mesmo. É impossível o poder público ir adiante também sem que a sociedade esteja mais organizada. Temos de batalhar para tudo acontecer junto”, acredita ele, mencionando o surgimento de pequenos depósitos de resíduos, como por exemplo, os que existem nas ilhas do Guaíba, na Região Metropolitana.

Em resumo, Goldmeier cita a questão do alumínio (e até mesmo do papelão) para chamar a atenção de que é preciso ainda maior compreensão da sociedade, além de ações educativas mais eficazes em relação aos resíduos plásticos. “A separação do lixo é peçachave. O plástico possui diferentes tipos e a mistura simplesmente não pode ser feita tudo em um bolo só. É uma questão de composição química e pode ser mais prejudicial. Mesmo assim, as soluções tecnológicas e as opções de aplicações do plástico reciclado existem. É só procurar”, salienta.

Apesar da sintonia e da visão compartilhada, em nível governamental ainda há muito que se pode fazer. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), localizado em Caxias do Sul, Jaime Lorandi, aponta a questão tributária: “É difícil algum governo, seja estadual, municipal ou federal, abrir mão de alguma receita, ainda mais em tempos de crise e tal. Só que o plástico reciclado precisaria de alguma forma ser incentivado nesse sentido. Hoje, um pallet de madeira (aquelas estruturas que se usam em armazenagem, por exemplo) possui algumas isenções e os de plástico não”, diz.

Foi com esse intuito que surgiu uma mobilização de empreendedores e grupos que representam as companhias envolvidas com a reciclagem de produtos plásticos. Unidos, eles tentam estruturar e obter melhores condições para o desenvolvimento com a criação da Câmara Nacional de Recicladores de Material Plástico, que opera dentro da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Há também a Frente Parlamentar da Reciclagem, que será coordenada pelo deputado federal gaúcho Antônio Carlos Gomes da Silva.

O coordenador do Comitê de Reciclagem do Sinplast, em Porto Alegre, e representante da entidade gaúcha na Câmara de Reciclagem na Abiplast, Luiz Henrique Hartmann, destaca que os investidores na reciclagem de plásticos enfrentam algumas dificuldades, pois se trata de uma cadeia produtiva em que as empresas atuantes não foram abrangidas por tributações especiais. As ações desenvolvidas por governos estaduais e federal relativas a incentivos à indústria da reciclagem foram voltadas para o catador (pessoa física) ou, eventualmente, para cooperativas, mas nunca para as companhias de transformação, explica ele.

Entre os pleitos estão, justamente, o crédito presumido na aquisição do resíduo para reciclagem, a suspensão de PIS/Cofins ao longo da cadeia, a harmonização da legislação estadual sobre diferimento e isenção nas transações interestaduais com sucata, e a desoneração de ISS, PIS/Cofins e ICMS dos serviços de terceiros prestados ao longo da cadeia de coleta, triagem, processamento e destinação de resíduos. Hartmann salienta ainda que está sendo solicitada a criação de uma nomenclatura própria para os produtos reciclados, que usam a mesma dos novos, o que dificulta a identificação dentro da cadeia. “Por exemplo, o polipropileno que é produzido pela Braskem tem o código igual ao polipropileno que é comercializado como reciclado”, cita. Ele admite que os problemas financeiros enfrentados por Estados e pelo País podem atrapalhar a mudança quanto ao modelo vigente de tributação. “Como disse o Lorandi, nenhum governo vai abrir mão de receita no cenário econômico atual”, concorda.

Setor do plástico no Estado é composto por aproximadamente 1,4 mil empresas, a maioria de pequeno porte / Crédito: Depositphotos

Vale lembrar, então, a premissa de mercado que o diretor da AGPlast mencionou sobre as garrafas PET (politereftalato de etileno). “O material plástico reciclado não pode ser aproveitado em algumas destinações como embalagens de alimentos e medicamentos, por razões sanitárias de entendimento da Anvisa. Para liberar a PET no exemplo de Minas Gerais, a comprovação da eficiência da tecnologia demorou anos”, relativiza Hartmann. Porém, os reciclados podem ser usados para fazer sacolas, artigos descartáveis, vestuário, móveis e outros.

Pelas informações da Abiplast, a indústria de reciclagem de material plástico no Brasil é composta por mais de 1 mil empresas, que empregam direta e indiretamente 20 mil pessoas. No Estado há, hoje, em torno de cem empresas instaladas, que faturam R$ 300 milhões por ano e têm capacidade para reciclar 200 mil toneladas anuais, apenas de produtos plásticos.

O sistema da AGPlast chama-se Bottle-to-Bottle e transforma o lixo plástico em matéria-prima para a produção de novos produtos, no caso, novas garrafas. “Os diversos benefícios para o meio ambiente e a sociedade nem precisam de muita explicação para convencer a todos de que se trata de algo promissor. Infelizmente, há problemas bem mais difíceis de resolver do que a tecnologia. O pior deles é a falta de educação das pessoas para separar o lixo e facilitar a volta das garrafas para processamento. A sucata que recebemos na fábrica não é 100% aproveitável. Partes dela, entre 20% e 30% por exemplo, está tão suja e degradada que inviabiliza o tratamento. Ela volta a ser descartada para o sistema de coleta que encaminha aos aterros sanitários”, relata o empresário.

Na fábrica, o processo de recuperação e transformação do PET passa pela separação, moagem, lavagem, aglutinação, extrusão e finalização. “Boa parte desse processo todo é feito com máquinas desenvolvidas no interior do Rio Grande do Sul. Isto é uma interação em cadeia, que mobiliza, faz funcionar e crescer outros segmentos, como o metalmecânico”, destaca o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast), Gilberto Mosmann.

O executivo, que possui larga experiência no setor e uma visão bem mais abrangente sobre o perfil dessa cadeia, observa um certo otimismo e confiança no futuro. “As crises ocorrem, vão e voltam desde sempre. No caso da indústria plástica, que se trata da terceira geração da transformação petroquímica, seu grau de interatividade com outras cadeias é enorme. Por mais que os cenários econômico-político-social não estejam bem, a produção nunca é interrompida, como ocorre em outros segmentos, como o automobilístico”, esclarece Mosmann.

Em comparação a outros segmentos industriais, no primeiro semestre de 2015, o nível de desemprego da indústria plástica é bastante pequeno. De janeiro a julho, foram registradas somente 128 demissões no Rio Grande do Sul. “Não vamos negar ou ignorar a situação difícil que se encontram as economias do Brasil e do Estado. Só que as indústrias do plástico já fizeram reduções de custos e se adaptaram ao momento. Por mais que diminuam a atividade produtiva e as vendas, muitos segmentos continuam trabalhando, como o das embalagens, por exemplo”, comenta o presidente do Sinplast, Edilson Deitos.

O perfil da indústria de plástico no Rio Grande do Sul é composto de cerca de 1,4 mil empresas, a maioria de pequeno porte. Os três sindicatos mencionados reúnem algo como 850 em Porto Alegre e Região Metropolitana, 450 em Caxias do Sul e cerca de 50 em Bento Gonçalves. Juntas, essas empresas devem absorver algo como 25 mil trabalhadores.

Educação, cultura e game no celular

Em tempos de conectividade, a proliferação de games e ações baseadas em interação de internet não ficou de fora do olhar didático que o Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul deve ter para contribuir nos temas educativos. Por meio do Programa Sustenplást, mantém o projeto Recycle Game, um jogo eletrônico criado para computadores e smartphones. Disponível nas lojas dos sistema IOS e Android, a brincadeira pode ser baixada gratuitamente e, desde 2013, já registrou mais de 2 mil downloads. “Foi um projeto simples e relativamente fácil de criar. É uma forma de levar a educação e a conscientização sobre cuidados com o meio ambiente para dentro do universo, principalmente jovem, sem ser tedioso ou cansativo”, observa Mosmann.

O programa Sustenplást é algo muito maior do que o game. Ele conjuga utilidades do plástico, descarte adequado e reciclabilidade. “Inclusive, há uma novidade por vir: ele foi recentemente formatado para se enquadrar como projeto pedagógico e cultural dentro da Lei Rouanet. Isso significa que empresas apoiadoras poderão ter impostos abatidos ao ajudarem as ações do Sustenplást”, empolga-se o executivo.

O Recycle Game tem o estilo “junta-três”. Ou seja, as peças de objetos de plástico precisam ser unidas de três em três iguais. O jogador estará fazendo a separação do material para a reciclagem. Quando a quantia de material separado é suficiente, acontece a reciclagem, a qual gera um novo objeto de plástico e promove a revalorização do material. O game conta com seis fases — Casa, Escola, Praia, Pracinha, Fazenda e Parque de Diversões — mostrando que em cada um destes locais, se o lixo for separado, é possível reciclá-lo e transformá-lo em novos objetos de plástico.

Sindicato mantém o Recycle Game, um jogo eletrônico para computadores e smartphones com conscientização sobre o meio ambiente / Crédito: Luciano Seade

O PLÁSTICO DE VOLTA AO PETRÓLEO

O cientista americano e fundador da PDO Technologies, empresa com foco em desenvolvimento de tecnologias em nível global para conversão de resíduos, Kevin DeWhitt, foi um dos principais palestrantes na Energiplast 2015. Ele ensina como as novas tecnologias transformam os resíduos plásticos em derivados de petróleo. De acordo com a explicação central de sua pesquisa, existem muitas possibilidades de conversão de resíduos plásticos em derivados do petróleo, mas nem todas são apropriadas. “É preciso uma equipe de pessoas que tenha conhecimento sobre o assunto e compreenda a complexidade deste processo, para que assim possam executar seus projetos com sucesso. Isso se consegue com a aproximação entre os ambientes privados e as universidades”, indica. DeWhitt destacou que nos Estados Unidos, no Brasil e na maioria dos países, hoje, a primeira opção é o lixo recolhido, coletado e levado para algum lugar, normalmente para aterros sanitários. “Não há uma prática generalizada de reaproveitamento”, lamenta.

O palestrante observa que existem plásticos não recicláveis, pois foram adicionados materiais e substâncias que deixam o processo muito mais complexo, dessa forma sendo inviável extrair o polipropileno. “Para essa situação temos dois caminhos: a incineração, que apresenta problemas e também é poluente; e a complexidade de manutenção dos aterros sanitários, o que não é uma solução boa de longo prazo”. O Brasil gera cerca de 10 milhões de toneladas de resíduos plásticos todos os anos, representa 60 milhões de barris de petróleo, o que é muita energia, destacou o convidado. Em sua experiência de 15 anos na área, conta que iniciou com o processo de termólise, acreditando ser uma boa prática para transformar o plástico em energia. Trata-se da aplicação de calor a uma substância sem oxigênio. Quando aquecida, essa substância necessita liberar energia. É como “desconstruir” o plástico. “A tecnologia utilizada pode ser simples na teoria e se tornar complexa na prática, pois o objetivo é chegar a um ponto que possamos produzir petróleo diariamente”, conta.

Ele participa de um projeto que após aquecer o plástico separa substâncias misturadas, como vidro, areia e diversas emendas minerais. “Desse processo, produziu-se um líquido branco direto do plástico. Colocamos em um veículo a diesel, saímos pela cidade dirigindo e funcionou bem o suficiente para me dar esperanças de que aquilo é a volta do plástico ao petróleo”, afirma. Para tanto, é preciso um grande número de pessoas e tempo com custos muito altos. “Há muitas formas de gerar energia, como fluxo contínuo, batelada contínua, alta transferência, baixa transferência, vácuo, entre outras. Não existe uma única tecnologia que seja perfeita. Ainda, a indústria de resíduos é diferente em cada região. Por isso, a melhor abordagem é uma tecnologia que pode se adaptar às exigências locais”, esclarece.

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