Onde há indústria, o Sesi-RS vai
Unidades móveis levam prevenção e saúde a diferentes regiões do estado
Estar cada vez mais próximo das Indústrias e de seus trabalhadores é um objetivo constante do Serviço Social da Indústria no Rio Grande do Sul (Sesi-RS). Além de suas estruturas físicas fixas presentes no Estado, a instituição aposta no deslocamento até as empresas para atender às necessidades de seu público. Por meio de unidades móveis, ou mesmo de profissionais qualificados que vão até a empresa, o Sesi-RS oferece serviços em áreas como saúde e segurança no trabalho (SST), qualidade de vida e cultura. “Ampliar o acesso aos serviços, possibilitando a capacidade de prestá-los em qualquer município do Estado do Rio Grande do Sul é um dos principais objetivos desse modelo”, afirma o diretor-superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo. Desde o final da década de 1970, a instituição conta com unidades móveis para suporte em alguns serviços, como o odontológico, mas a ideia é ampliar cada vez mais essa abrangência.
Entre os objetivos e os benefícios desse modelo estão os de reduzir o tempo de deslocamento do funcionário para o atendimento, fortalecer o vínculo do empregado com a empresa, tornar mais eficiente a estrutura de atendimento e atender às diretrizes de escala e impacto. Além disso, é possível ampliar o acesso ao serviço e otimizar os recursos internos e flexibilizar a prestação do serviço, viabilizando o atendimento de demandas concentradas e sazonais.
O portfólio do Sesi-RS está adequado ao modelo de atendimento por mobilidade. Cerca de 60% dos serviços podem ser prestados nas dependências da própria indústria. Este mesmo percentual representa o número total de atendimentos gerados pela mobilidade, em relação ao número total de atendimentos do Sesi no Estado. A receptividade de indústrias em relação à oferta de serviço no próprio ambiente de trabalho tem sido grande, segundo dados da gerência de Mobilidade e Projetos Especiais do Sesi-RS, e se reflete no número de empresas atendidas pela instituição. Apesar da adversidade do cenário econômico atual, o índice de indústrias atendidas de janeiro a setembro de 2015 foi de 7.483 — são 223 empresas a mais do que no mesmo período de 2014.
Um exemplo de trabalho bem-sucedido dentro das empresas é desenvolvido com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Caxias do Sul (Sinduscon Caxias), por meio de campanhas de conscientização dos trabalhadores sobre a importância de promover um ambiente de trabalho seguro e saudável, além de cuidados com a saúde fora do local de trabalho. Psicólogos, técnicos em SST, enfermeiros, entre outros profissionais, comparecem aos canteiros de obras para conversar com os trabalhadores, passar informações, mas também ouvi-los. “Para nós, é muito bom que o Sesi venha até o local de trabalho. O pessoal assimila melhor a orientação estando em um ambiente com todos os colegas juntos, discutindo, vivenciando aquilo”, opina o técnico em SST da construtora Viezzer, Alan Klatter.
Segundo ele, seria inviável deslocar os funcionários até um outro local para receber as orientações. Por meio de atividades lúdicas, que envolvem teatro, música e diálogo, os trabalhadores são conscientizados. “É importante porque engloba todo o canteiro de obras. O pessoal se sente mais à vontade aqui, estar dentro do ambiente de trabalho também oferece a oportunidade de o Sesi conhecer de perto a nossa realidade. Depois que iniciaram esse trabalho, nós começamos a orientar nossos colegas, um vigiar o outro”, conta o montador de plataforma Jair Magnus dos Santos.
A parceria com o Sinduscon Caxias é de 2010, embora a primeira edição do projeto tenha ocorrido em 1994. “O que podemos dizer é que tivemos uma fase de 1994 a 2010 com crescimento contínuo, mas baixo. Com a inclusão do Sesi, aprendemos a trabalhar juntos e fomos gradativamente achando melhorias. Se olharmos a quantidade de trabalhadores atendidos em 2010 e a procura atual pelas empresas para levar o Sesi aos canteiros de obras da campanha, não precisamos fazer ligações pessoais, as empresas aderem por livre e espontânea vontade”, conta o sócio-diretor da construtora Vêneto, Valdemor Trentin. A afirmação do empresário pode ser comprovada em números. No primeiro ano do projeto com o Sesi-RS, foram 30 canteiros de obras participantes com 1,5 mil trabalhadores atendidos. Já em 2014 cresceu para 175, com 2,87 mil profissionais do setor.
A indústria do setor plástico Jomo, localizada em Novo Hamburgo, também é uma das clientes do Sesi-RS, especialmente na área de odontologia. Por meio de gabinetes odontológicos móveis, ou na própria estrutura da empresa, são prestados serviços de limpeza, tratamentos dentários, além de orientação sobre higiene bucal, doenças da boca. “É uma via de mão dupla, porque a empresa consegue diminuir a questão do absenteísmo, o colaborador tem o conforto e a credibilidade dos profissionais do Senai que oferecem um atendimento aqui na empresa então com isso melhora a questão do conforto, a qualidade de vida e eles também podem contar com a melhoria da própria saúde bucal”, avalia a técnica em SST Jaqueline Krieger Luz.
Segundo ela, a iniciativa estimula uma prática saudável onde os trabalhadores também são estimulados a buscar melhorias na saúde, tendo ganho na qualidade de vida e na autoestima. É o Sesi-RS sem fronteiras, cada vez mais próximo da indústria e do seu trabalhador.
