Economia Colaborativa: a nova realidade do mercado

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Considerada a principal tendência econômica no século 21, a Economia Colaborativa passou rapidamente para uma realidade mundial. Existem diversas formas de entrar nesse universo — seja em estruturas com ou sem fins lucrativos -, mas o objetivo é um só: dividir bens e serviços entre usuários. A ideia é diminuir desperdícios, consumismo e desigualdade, além de aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais. Conheça mais sobre essa proposta, seus principais integrantes e como entrar nesse mercado.

De onde surgiu esse conceito

Na virada do século, no ano 2000, o aumento da população social e acesso às tecnologias de informação e comunicação e, em contrapartida, a queda dos recursos naturais e sustentabilidade, inspirou novas estruturas sociais e econômicas. Desses pilares surgiu a Economia Colaborativa:

  • Social — com destaque para o aumento populacional, avanço para a sustentabilidade, desejo de comunidade e abordagem menos egoísta;
  • Econômico — focado em monetização do estoque em excesso ou ocioso, aumento da flexibilidade financeira, preferência por acesso ao invés de aquisição;
  • Tecnológico — beneficiado pelas redes sociais, dispositivos e plataformas móveis, além de sistemas de pagamento onlines.

Em suma, a Economia Colaborativa é “uma nova forma de pensar e agir. Busca a diminuição dos desperdícios, do aumento da eficiência, eficácia e produtividade. Sobremaneira, o uso consciente e racional dos recursos que o planeta nos oferta” (Portal Administradores).

Como funciona

Adeus a fórmula PPPP! Não há mais “preço, praça, produto e promoção” para se fazer negócio. A Economia Colaborativa trata-se de uma forma diferente de oferecer um produto ou serviço, em que pessoas compartilham ou dividem o uso de algo. Para isso, as empresas podem repensar seus modelos de negócios, com a corporação no centro, tornando-se: “Prestadoras de Serviços”, “Fomentadoras de Mercado” e/ou “Provedoras de Plataformas”.

A década colaborativa

Ainda está confuso pensar na prática como daria certo a economia colaborativa? Pois temos exemplos verdadeiros e que estão no topo das marcas atuais. Essas empresas e projetos surgiram a partir de variações do compartilhamento peer-to-peer (pessoa-para-pessoa) em diversos segmentos: automóveis, moradia, alimentação, hospedagem, serviços, informação, tecnologia etc.

Para essa tendência, o importante não é a posse, mas, sim, o acesso ao bem. Isso quer dizer agregar valor em cada nível, gerando retorno, uma vez que os modelos representam um aumento na maturidade, exigem investimentos e resultam em benefícios para cada nível. Entre os mais conhecidos estão:

  • Hospedagem — Voltados para viajantes que procuram apartamentos mobiliados em diversas cidades do mundo, sendo alternativas à estrutura tradicional de hospedagem. São os casos do AirBnB e Couchsurfing: muitas pessoas abrem suas portas para hospedar pessoas conhecidas ou não, ou ainda alugam suas moradias quando viajam, o que beneficia ambos — os hóspedes economizam com a estadia, e o morador recebe ajuda nas despesas.
  • Mobilidade Urbana — É o caso do aplicativo Uber, a principal operadora de transporte mundial, que sequer possui frotas de carros. Há, também, o BlaBlaCar, aplicativo para viajar em um carro com outras pessoas e dividir as despesas, o Parpe, também de compartilhamento de carro, e o Bike BH, de empréstimo de bicicletas.
  • Alimentação — Em algumas cidades, estão surgindo restaurantes e cozinhas coletivas, disponibilizando equipamentos e espaço para chefs prepararem e venderem suas refeições. No mundo tecnológico, a plataforma FARMSQUARE promove a alimentação saudável e a agricultura urbana ao conectar pessoas que querem doar ou trocar alimentos com quem precisa.
  • Coworkings — São escritórios compartilhados onde pessoas de diferentes setores alugam um espaço, economizando os custos que teriam com um escritório fixo e, ainda, conhecem outros profissionais, fazendo networking. Como exemplo, temos o cliente Impact Hub.
  • Outros Serviços — Há os chamados Crowdfundings, sites e plataformas nos quais indivíduos de diferentes localidades podem fazer doações, recebendo ou não algo em troca, para financiar projetos que os interessam e ajudar empreendedores, como nas plataformas do Prosas e da Evoé Cultural. Além de sites como OLX, de classificados gratuitos para troca ou revenda de bens novos, seminovos e usados em algumas categorias.
  • Cultura — O Spotify é uma das plataformas de streaming que estão ganhando mais mercado e se tornando a forma mais popular de consumo de música. Além disso, fora do universo tecnológico, projetos como a Matilha Cultural, a Parada do Livro e o Instituto Choque Cultural possibilitam a exibição de filmes em locais públicos, a troca de livros em pontos de ônibus e servem como espaços de criação coletiva, respectivamente

Você na Economia Colaborativa

Vimos empresas que chegaram ao mercado através da Economia Colaborativa, mas há outras que estão se adaptando a esse novo conceito. Ou seja, independentemente de onde está o seu negócio — se no papel ou em prática -, cabe pensá-lo também dentro dessa proposta.

A Toyota, por exemplo, começou a alugar carros de concessionárias selecionadas, e a Citibank, a patrocinar um programa de compartilhamento de bicicletas na cidade de Nova York — como o Itaú faz em algumas cidades no Brasil.

No nosso país, esse movimento segue fortalecido pelo alto contingente de autônomos que buscam e criam soluções na forma de redes sociais, aplicativos e serviços, conectando desconhecidos com interesses em comum. Algumas boas dicas para quem quer entrar nesse mercado são:

  • Custos baixos ou fixos: a tecnologia tende a derrubar os custos em geral. Pense em um negócio com as estruturas financeiras bem organizadas, com o número de funcionários pertinente e a terceirização de atividades secundárias.
  • Faça parcerias: divida a solução com quem pode ajudá-lo a resolver. Exemplo dos restaurantes cadastrados em aplicativos como o iFood e Uber Eats que fazem as entregas delivery de seus alimentos.
  • Foque no relacionamento de longo prazo: com margens de compartilhamento mais estreitas, priorize as relações duradouras com os clientes. Para isso, não reinvente a roda, apenas gire-a na velocidade correta, proporcione experiências de consumo ao público.

Como vimos, para seguir os caminhos que o mercado vem traçando, é preciso repensar os modelos de negócios e se incorporar. Esse é o modo mais pertinente de evoluir ao lado de seus clientes. O tremendo sucesso dessas empresas colaborativas é notório e o grande aprendizado é que: o relacionamento com os clientes mudou a partir do momento em que suas possibilidades cresceram. É hora de libertar a empresa para ganhar o mercado. Invista e voe!

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