Muito mudou desde que Frederick Taylor publicou os seus princípios da Administração Científica, em 1912. Se no Taylorismo valorizava-se a capacidade do trabalhador de realizar funções repetitivas pré-determinadas com o mínimo esforço possível e sem autonomia, hoje as empresas precisam do oposto disso.
A maioria das profissões atuais exige que a pessoa consiga se adaptar e adquirir novas habilidades — mesmo as que (aparentemente) não estão diretamente ligadas à sua função. Estudos mostram que a empregabilidade de um profissional deixou de ser determinada pelo que ele já sabe e passou a depender da sua capacidade e vontade de aprender cada vez mais.
Apesar disso, a qualificação acadêmica continua sendo o foco de processos de seleção, como se a universidade ensinasse tudo sobre o mercado de trabalho ou a tornasse mais preparada para aprender do que as outras. O aprendizado empresarial é bem menos estruturado do que o espaço acadêmico e empregados devem saber equilibrar a eficiência a curto-prazo com planos de crescimento a longo-prazo.
Por outro lado, as empresas têm o dever de investir no aprendizado de seus funcionários. As que não fazem isso estão desperdiçando capital humano, desmotivando sua equipe e se propiciando a perder seus talentos, que irão para onde têm perspectiva de crescimento.
Como maximizar então o aprendizado desses profissionais dispostos a crescer? Veja estas dicas:
Identifique os melhores funcionários para treinar
Não desperdice verba de treinamentos naqueles que não demonstram vontade em aprender, mesmo que eles sejam colaborativos ou produtivos. É comprovado que pessoas ambiciosas e abertas a feedbacks apresentam resultados muito melhores do que as outras após receberem coaching, pois elas têm uma vontade legítima em evoluir. Concentre seus investimentos nesses profissionais.
Recompense o aprendizado
Contratar pessoas curiosas e esperar que elas aprendam não é o suficiente. Dê recompensas caso elas o façam para mostrar que você valoriza essa atitude. Ofereça novos desafios e oportunidades para estimular o desenvolvimento deles e considere promovê-los apenas quando eles adquirirem conhecimento suficiente de outras funções além das que eles exercem na empresa.
Alimente o aprendizado
Gestores que querem que sua equipe aprenda mais também têm que fazer isso. Seja lendo um livro diferente, estudando outro mercado, falando com pessoas de outras áreas de expertise ou fazendo qualquer coisa que saia da rotina, é importante estar aberto a novas experiências para enriquecer o repertório. Porém, é importante saber utilizar essas novas informações e não apenas “ingerí-las” como um remédio que você é obrigado a tomar.
A vontade de aprender varia de uma pessoa para outra, mas é papel dos líderes estimular o desenvolvimento de sua equipe. O ambiente da empresa tem grande influência em quanto desse potencial realmente irá transparecer no empregado.
