Sobre uma série que assisti: The Gifted, um presente!

Renato Nascimento
Sobre um
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5 min readOct 5, 2017

Enfim saiu The Gifted, mais uma adaptação marvel para a tv. A série sobre o Círculo do Inferno de 2016 não deu certo, mas não ficamos no prejuízo. Já fiquei empolgado com a temática da série em abordar poderes mutantes em adolescentes assim que ouvi falar dela, já que sou fã de carteirinha da animação X-men evolution. Já temos Legion, que também me conquistou, mas com a adaptação de Inumanos estrelando par-a-par com essa e trazendo uma bagagem de críticas negativas, antes mesmo de sua estréia, muita gente ficou com uma pulguinha trás da orelha com The Gifted. Mas então, vale a pena assistir?

Cartaz promocional.

A trama começa com duas histórias paralelas que se unem no final. De um lado temos um grupo de mutantes fugitivos do governo formado pelos mutantes “inéditos” nos live actions da tv e cinema: Marcos/eclipse (Sean Teale — Skins), sua namorada Lorna/Polaris (Emma Dumont); e os já conhecidos do cinema: John/Pássaro Trovejante (Blair Redford — Satisfaction), e a recém encontrada Clarice/Blink (Jamie Chung — Once Upon a Time).

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E do outro a família Strucker (a sonoridade lembra Striker não?), os pais que viviam sua vida pacata e se veem envolvidos em uma perseguição anti-mutante da polícia pela Força Sentinela, depois de seu filho mais novo Andy (Percy Hynes — Between) revelar seus incríveis poderes mutantes e “sacudir” a escola por ter sido alvo de bulling, e sua irmã “perfeitinha” Lauren (Natalie Alyn — The Goldbergs) salva-lo de si mesmo revelando também suas habilidades cujo escondia dos pais e de todos há um tempo.

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Tendo de um lado a família perseguida e do outro mutantes caçados que acabam por perder um dos entregantes os dois grupos se unem vendo que podem colaborar entre si. Onde então conhecemos uma das bases que formam a resistência mutante com uma pegada bastante Morlocks para onde a família Strucker deve ir. Mostrando que a série entende bem o que esta fazendo. Não é a toa já que um dos produtores do piloto é o próprio Bryan Singer, seguindo então a linha da série de filmes.

Cartaz promocional.

Uma surpresa foi poder ver novamente Amy Acker na tv como Caitlin Strucker, a mãe dos garotos, ela fez um excelente papel em Person of Interest (uma de minhas séries favoritas) e não desafina quando lhe exige drama. Obs_ gosto dela desde a antiga Angel. Também temos Stephen Moyer como Reed Strucker que vêm da decrescente True Blood (fui desgostando ao longo das temporadas) que a princípio parece vilão SNQ. Comparando ao vampiro Bill (TB) ele começa até muito bem, mas vai decaindo sua interpretação ao longo dos apenas 44 minutos de série e a gente fica tipo #whats????

Do que gostei:

Ela trás para sua trama principal o preconceito envolto aos Mutantes e mostra que há vida entre os “Mutanos” mesmo não sendo entre os x-men, que chegam a ser citados inclusive, esse tipo de abordagem é o que marcou os X-men nas HQs e lhes rendeu seu lugar de destaque na marvel além de cativar bastante o público. Não é um dramalhão mostrando que ser mutante tem suas vantagens como quando Lauren ensina Andy a usar seus poderes provando que de fato ter habilidades mutantes é um Gift.

Tem sentinelas! Mesmo que não sendo da maneira convencional eles aparecem de uma maneira que funcione em uma série para a tv, onde as despesas não podem ser exorbitantes. Alguns easter eggs como o toque do celular homenageando a aclamada série animada dos anos 80, e a aparição que tinha por improvável do Stan Lee. Além dos efeitos especiais que também funcionam muito bem e você não faz careta ao vê-los. Não chegam a se comparar com Legion mas não é de todo o mal.

Do que não gostei:

Porquê o cabelo da Blink têm mechas roxas e a da Lorna/Polaris não pode ter mechas verdes? Uma das minhas personagens favoritas das HQs aparece toda badass na série mas sem a cor original do cabelo. Sem contar com o eterno Bill e sua interpretação insossa, como já havia falado acima, algumas cenas lhe exigiria mais de sua interação com o personagem por ser o cabeça dos Struckers e passar de caçador à caçado. Mas a grande verdade é que estava tentando encontrar motivos para não gostar… #Fail

A série é boa sim, não estou dizendo que é a série que vai mudar sua vida e reinventar o gênero de séries baseadas em quadrinhos de super heróis na tv (como Demolidor fez… Fez?) mas se garante no que nos propõe, além de me divertir bastante vendo um universo tão rico sendo enfim aproveitado e explorado por suas outras vertentes mostrando que há muitos mutantes não-x-man mundo à fora que podem ser aproveitados. Produzida pela FOX e Marvel Television, tendo Matt Nix como showrunner e Bryan Singer fazendo parte da produção os próximos episódios vão ao ar dias 9 e 16 de outubro. The Gifted é um presente e vale a apena conferir.

Lorna/ Polaris badass!

Lembrando que essa é apenas minha opinião! Conte a sua nos comentários e me diga do que gostou e do que não gostou!

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